Argentino está a um jogo de nova final num Campeonato do Mundo ou do definitivo adeus ao maior objetivo. Perdeu o troféu em 2014 e Modric, adversário na meia-final de terça-feira, já foi carrasco em 2018.
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Oito anos depois, aí está ele outra vez, à espreita de alcançar aquilo que o move praticamente desde o berço, que, com o tempo, se tornou quase uma obsessão e que para muitas opiniões alheias é uma espécie de medidor de legado e talento. Se muitos lhe continuam a atirar à cara a falta do título mundial e se agarram a isso com unhas e dentes para lhe negarem o estatuto de melhor futebolista de sempre, por outro lado não é menos verdade nem coisa pouca que, ao quinto mundial que disputa, esta já seja a segunda vez em que atinge a fase mais adiantada da competição, liderando e fazendo a diferença para a Argentina manter esperanças em conquistar o "tri", que lhe foge desde que Maradona se tornou "Dios" em 1986.
Depois de perder a final da edição de 2014 para a Alemanha (1-0), Lionel Messi volta a estar em condições favoráveis para sair de uma sombra que sempre pareceu grande demais, principalmente nos corações argentinos, e conquistar o único título que lhe falta e que o tornaria ainda mais inalcancável. Foi frente à Croácia, em 2006, que marcou o primeiro de 95 golos pela albiceleste - no mesmo jogo em que um tal de Modric foi internacional croata pela primeira vez - e é frente à Croácia (terça-feira, às 19 horas, RTP 1) que manterá o sonho vivo ou se, pelo contrário, viverá mais um pesadelo.
Duelo de titãs
Não sendo Messi a seguir para a grande final, o futebol fará justiça a outro dos maiores craques dos últimos 20 anos. Também Modric, que, aos 37 anos, parece melhor do que nunca, já tem no cadastro uma final perdida, procurando, agora, a desforra dessa derrota dolorosa com a França (4-2). Aconteceu em 2018, precisamente na edição em que a Croácia derrotou a Argentina na fase de grupos, por 3-0.