Considerado por muitos o melhor jogador da história do basquetebol, Michael Jordan festeja hoje o 60.º aniversário. O atual dono dos Charlotte Hornets começou a dar nas vistas em 1981, ainda no desporto universitário, e desde então transformou-se no maior fenómeno da NBA, com medalhas de ouro, anéis de campeão e milhões de fãs por todo o mundo.
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Michael Jordan faz esta sexta-feira 60 anos. Depois de 13 temporadas em que brilhou ao serviço dos Chicago Bulls e cimentou o estatuto de maior estrela do basquetebol, o antigo extremo é hoje empresário e dono dos Charlotte Hornets, equipa da NBA.
A carreira de Jordan na principal liga de basquetebol teve início em 1984, quando foi selecionado pelos Chicago Bulls como a terceira escolha do draft, após três épocas de alto nível no basquetebol universitário, onde foi campeão da NCAA em 1982.
O extremo nova-iorquino revolucionou a equipa dos Bulls que atravessava uma crise e rapidamente assumiu um papel de destaque na equipa de Chicago. A capacidade atlética e a habilidade de Jordan fizeram do atleta um ponto de atração sem precedentes na NBA.
Dois anos após a estreia no campeonato, MJ sagrou-se melhor marcador da liga, depois de quase uma época de fora por ter partido um pé. Em 1988 foi pela primeira vez premiado com o título de MVP, além de ter sido considerado Melhor Defesa, Melhor Marcador e jogador com mais roubos de bola.
Ainda assim, apesar do sucesso de Jordan a nível individual, a equipa dos Bulls ainda não estava preparada para lutar por troféus, com a melhor prestação nos cinco primeiros anos de Jordan a ser a chegada à final da Conferência Este, por duas vezes.
A primeira conquista coletiva só chegou em 1990/91, no auge das capacidades de Jordan, ao lado de uma equipa recheada de talento. Os Bulls treinados por Phil Jackson contavam com jogadores como Scottie Pippen, Horace Grant e Bill Cartwright, conseguiram destronar os Detroit Pistons na final da conferência e os Lakers na final da NBA. Michael Jordan arrecadou o seu segundo prémio de MVP e registou uma média de 31,5 pontos por jogo.
O primeiro título nacional marcou o início dos anos dourados de Jordan e da era de domínio dos Chicago Bulls, que foram campeões nas duas temporadas seguintes (1991/92 e 1992/93) de forma arrasadora. Jordan conquistou o terceiro prémio de MVP consecutivo, registo inédito na NBA.
Em outubro de 1993, Michael Jordan surpreendeu o mundo do desporto ao anunciar a reforma, apenas com 30 anos. Após a morte do pai, Jordan perdeu interesse pelo basquetebol e perseguiu uma carreira profissional na MLB, campeonato de basebol norte-americano.
Porém, regressou ao basquetebol a meio da época 1994-95 e continuou a brilhar na equipa de Chicago até 1998, ganhando mais três títulos e sete prémios MVP (dois da fase regular, dois All-Star e três das finais).
A retirada oficial do basquetebol só aconteceu em 2003, após duas temporadas finais nos Washington Wizards, já com 40 anos. No total da carreira, registou 32 292 pontos (quinto na tabela geral da história da NBA), seis anéis, inúmeros recordes e ainda duas medalhas de ouro, conquistadas nos Jogos Olímpicos de 1984 e 1992, ao serviço da seleção dos EUA.
Jordan foi o jogador com mais pontos em 10 temporadas, recorde da NBA e também foi escolhido para a equipa NBA All-Defensive Team em nove ocasiões, um recorde partilhado com Gary Payton.
Com cinco prémios MVP da temporada regular, fica apenas atrás de Kareem Abdul-Jabbar. Arrecadou ainda seis prémios MVP das Finais e três MVP do All-Star Game, acabando a carreira como jogador mais condecorado da história da liga.
Depois de abandonar a carreira de atleta, tornou-se empresário após uma curta passagem como diretor dos Washington Wizards.
Em 2006, adquiriu uma percentagem do franchise dos Charlotte Hornets e em 2010 tornou-se proprietário da equipa, num negócio avaliado em 275 milhões de dólares.
É considerado o melhor basquetebolista de todos os tempos por vários especialistas, jogadores, treinadores e adeptos, tendo um legado inigualável na história da NBA e do desporto a nível mundial.