
Richard Ríos marca, de cabeça, o primeiro golo do Benfica e abre caminho ao apuramento
Foto: Mário Vasa
Richard Ríos, numa estreia, e Pavlidis assinaram os golos da vitória do Benfica sobre o Atlético (2-0), no Restelo, que deixa as águias nos oitavos de final da Taça de Portugal.
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Um triunfo justo, mas só desbloqueado perto do último quarto de hora de bola parada e assente numa exibição cinzenta, que levou José Mourinho a criticar duramente a atitude dos jogadores - "Se pudesse tirava nove ao intervalo" e "Não gosto de jogadores que me traem", disse no final do jogo.
A equipa benfiquista revelou enorme apatia e sentiu-se pouco confortável com o esquema de três defesas - Tomás Araújo, Otamendi e António Silva - idealizado por Mourinho, que lançou ainda os jovens Rodrigo Rêgo e João Rego. A pobreza exibicional e a ameaça alcantarense levaram o treinador a injetar ao intervalo quatro elementos da primeira linha - Ríos, Barreiro, Dahl e Schjelderup - para dominar o embate, sem sobressaltos, na segunda parte. O Benfica ganhou ascendente, mas não fez sofrer o oponente, que só caiu de bola parada: Rios, após um canto, e Pavlidis de penálti.
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O Atlético discutiu a eliminatória durante mais de uma hora. Surgiu personalizado e ameaçador, com Joãozinho a visar a baliza à guarda de Samuel Soares. Num esquema de três centrais e com a estreia de Rodrigo Rêgo no corredor esquerdo, o Benfica sentiu dificuldades em organizar o jogo ofensivo.
As águias entraram sonolentas e só acordaram após mais um susto, por Ricardo Dias. Porém, a ascensão e superioridade foram conquistadas com esforço, fruto de ações individuais e lances de bola parada. Ivanovic e Dedic podiam ter marcado, numa discussão equilibrada e com o Atlético mais corajoso e organizado.
José Mourinho desceu aos balneários com cara de poucos amigos e no regresso veio com a artilharia pesada: Ríos, Barreiro, Dahl e Schjelderup. Desfez o sistema de três centrais e, apesar das insuficiências, assumiu o domínio da discussão, num desenho em que a equipa pareceu mais confortável. As águias tornaram o duelo quase de sentido único, mas sentiram muitas dificuldades em criar desequilíbrios. O alívio surgiu num cabeceamento de Ríos, na sequência de um canto, e a sentença definitiva minutos depois, numa penalidade convertida por Pavlidis. Otamendi ainda falhou novo castigo máximo.
