Mudança de Klopp para a Red Bull criticada na imprensa alemã: "Pacto com o diabo"
A escolha de Jurgen Klopp em juntar-se ao projeto da Red Bull tem gerado polémica na Alemanha, com os órgãos de comunicação social locais a falarem mesmo num “pacto com o diabo” assinado pelo antigo treinador do Liverpool.
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Quando Jurgen Klopp aceitou o convite para se tornar no diretor geral dos clubes de futebol detidos pelo grupo da Red Bull, entre eles o Leipzig, estaria longe de imaginar as repercussões que a decisão acabaria por gerar na imprensa alemã.
O jornalista Gunter Klein, do jornal “Muncher Merkur”, chega a ser cáustico na forma como comenta a mudança. “É tão falso quanto os seus dentes. Este é o dia em que Klopp morreu”, escreveu, com o colunista do “T-Online”, William Laing, a acrescentar: “Klopp, aparentemente, está a fazer um pacto com o diabo”.
Com uma dose menor de lirismo, mas igualmente assertivo, o jornal “Der Spiegel” não deixa de acusar o treinador alemão de “internalizar os mecanismos normais da indústria: o dinheiro”.
Nem todas as reações a esta mediática mudança são, no entanto, negativas. O antigo internacional alemão, Lothar Matthaus, vê na opção de Klopp “um caminho completamente normal”, reforçando que “na Red Bull pensam em grande, e Jurgen Klopp é grande”. “Tudo está interligado. O importante é que ele possa continuar a dar um impulso ao futebol”, acrescentou, em declarações à estação televisiva “Sky”.
Oficialmente, a ida de Jurgen Klopp para a Red Bull acontece apenas a 1 de janeiro de 2025. “Quero desenvolver, melhorar e apoiar o incrível talento futebolístico que temos à disposição. Há muitas formas de o fazer, utilizando o conhecimento de elite e a experiência que a Red Bull possui”, comentou o treinador alemão, após o anúncio do acordo.
Jurgen Klopp, de 57 anos, deixou o comando do Liverpool, no final da última época, após nove temporadas consecutivas no cargo. Orientou ainda ao Borussia Dortmund e o Mainz, onde iniciou a carreira como treinador.