Mundial 2030 passará por Alvalade, Dragão e Luz, que foram construídos há 20 anos e já não são dos mais vanguardistas do Mundo.
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Chamar-lhes estádios de futebol, se calhar, começa a pecar por defeito. Neles também há shoppings, hotéis, restaurantes, ginásios; neles, nos mais recentes e modernos, o futebol é apenas uma das atividades que lá podem acontecer, desportivas ou não.
Inaugurados há cerca de 20 anos, os estádios do Dragão, da Luz e de Alvalade eram, em 2003, os mais sofisticados e inovadores, porém hoje têm que ser repensados e melhorados constantemente para continuarem na vanguarda e quase de certeza precisarão de uma renovação mais ou menos profunda para receberem os jogos do Mundial 2030, o que é sintomático da evolução que os estádios conheceram nos últimos anos, explicada por razões diversas, desde o desenfreado avanço tecnológico até às questões climáticas. O objetivo primordial é torná-los mais funcionais, mais sustentáveis e mais rentáveis, por um lado, e, por outro, mais confortáveis e mais seguros para os clientes – adeptos, perdão. Neste sentido, são encarados não só como o local onde um determinado clube joga, mas como fontes de receitas, capazes de gerar dinheiro todos os dias. Também são cada vez mais elitistas, mais caros, eco de uma evidente gentrificação atestada no considerável aumento de lugares e espaços VIP que contemplam cada vez mais.