Gonçalo Miranda, adjunto do Gummersbach, projeta jogo equilibrado com a seleção germânica, nos quartos de final.
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A seleção portuguesa estreia-se na fase a eliminar do Mundial, discutindo, frente à Alemanha (19.30 horas, transmissão na RTP2), a passagem às meias-finais da competição, no que se perspetiva ser um dos mais difíceis duelos que os Heróis do Mar já tiveram até então no torneio.
"É uma seleção muito forte fisicamente, com bons guarda-redes, que joga de forma compacta defensivamente e, depois, com qualidade nas saídas, em bloco, para o ataque”, analisa, ao JN, Gonçalo Miranda, jovem treinador português, atualmente adjunto do Gummersbach, uma das equipas da principal Liga germânica.
Radicado na Alemanha desde 2018, este treinador natural de Aveiro, de 31 anos, lembra que Portugal pode tirar alguma vantagem da pressão mediática que existe sobre o adversário. “As pessoas aqui esperam que, no mínimo, a Alemanha, vá às meias-finais. Há muita pressão sobre a seleção, porque a modalidade é muito popular. Os clubes e Federação têm muito dinheiro, investem muito, e as pessoas enchem pavilhões e cafés para assistir aos jogos”, explica Gonçalo Miranda.
Reiterando o poderio, nomeadamente físico, da seleção germânica, técnico luso considerou, ainda assim, que Portugal tem bons argumentos para discutir a passagem às meias-finais. “Será um jogo muito competitivo, e creio que Portugal, pelo momento que atravessa, tem boas chances de vencer. Temos jogadores muito rápidos no ataque e isso será fundamental para desmontar a organização dos alemães”, analisa.
Observando a afirmação do andebol português, Gonçalo Miranda considera que há muito respeito pela seleção nacional e pelos clubes portugueses nas competições europeias. “Toda a gente conhece os nossos principais jogadores e tecem-lhes elogios. Espelha o bom trabalho feito, nomeadamente na formação pela Federação, associações regionais e clubes”, salienta.
A ideia é partilhada pelo selecionador alemão, Alfred Gislason, que prevê um jogo equilibrado. “Portugal tem feito um torneio espetacular, com uma seleção equilibrada. Diria que as hipótese de vencer são 50/50”, rematou.