Centenas de pessoas juntaram-se, esta quarta-feira, junto ao estádio do Bessa para homenagear Dinis, o menino de sete anos que faleceu, na véspera, durante um treino da equipa de sub-8.
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A estátua da pantera, que se encontra no exterior do recinto axadrezado, foi o local da sentida demonstração de carinho por parte de jovens da formação axadrezada, adeptos, responsáveis do clube e anónimos que se quiseram juntar num momento de enorme dor para o Boavista Futebol Clube e para o futebol português.
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Cachecóis, velas e muitas rosas brancas foram depositados junto da pantera boavisteira, onde foi colada uma fotografia de Dinis, com a inscrição "para sempre um de nós. Eterno Dinis".
Ainda antes da hora marcada para a homenagem, viveram-se minutos de enorme dor e desespero quando chegaram ao local familiares da criança, que não resistiu a uma paragem cardiorrespiratória sofrida durante o aquecimento que antecedeu o treino da equipa de sub-8 na passada terça-feira.
Fotos: Carlos Carneiro
Ricardo Gaia, diretor dos sub-17 do Boavista, foi um dos organizadores da homenagem e não escondeu a dor que atravessou toda a família axadrezada. "É um momento triste, não há palavras para descrever o que se passou ontem no Estádio do Bessa. Este ano estava a ser muito bom para a formação porque os atletas começaram a treinar aqui, na sua própria casa, o que já não acontecia há muitos anos, e acontecer o que aconteceu foi triste. Eles estavam a treinar em relvado natural, as crianças estavam super contentes, e uma notícia destas em pleno relvado... Estamos a falar de um menino de sete anos, é duro".
A agenda para esta semana foi anulada. "Não há treinos, foram todos cancelados e também alguns jogos. Nesta idade é melhor eles virem aqui prestar homenagem do que ir a uma capela, o que é muito complicado, nestas idades", afirmou, ao JN.