Morte súbita no desporto infantil é rara e está à margem das seguradoras
Tragédia com jovem do Boavista abrange dois a três casos por ano em cem mil praticantes. Protocolo nos Estados Unidos nem exige eletrocardiogramas. Seguros só cobrem situações deste género a atletas com mais de 14 anos.
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Dinis, o atleta de sete anos do Boavista, que faleceu na terça-feira durante um treino, após cair inanimado, tinha passado nos exames médicos e o processo de inscrição aguardava para ser submetido. O JN apurou que os responsáveis do clube tinham o documento assinado pelo encarregado de educação, que autorizava o menor a competir, naquela que iria ser a segunda temporada com as cores do Boavista. A família não irá receber qualquer indemnização, apesar do seguro ser obrigatório no desporto federado. O motivo é simples: as coberturas a contemplar morte súbita só são feitas aos atletas com idade superior a 14 anos. Até essa idade, apenas cobrem lesões traumáticas, as mais frequentes no futebol, até porque a morte súbita é muito rara no contexto do desporto infantil.
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