Nélson Évora foi sexto no triplo salto

O triplo saltador abriu o concurso com 16,63 e posicionava-se no final da primeira série de saltos no quinto lugar, mas, logo a seguir, melhorou para 16,78, com vento contrário de -0,4 metros por segundo - apesar da melhoria, descia então para sexto.

O francês Benjamin Compaoré conquistou a medalha de ouro, com 17,46 metros, o russo Lyukman Adamas a de prata, com 17,09, e o também russo Aleksey Fyodorov a de bronze, com 17,04.

Com o segundo salto, ficou a sensação muito clara de que Évora poderia ter conseguido um pouco mais, já que "desperdiçou" em relação à linha de chamada 15 centímetros, o que daria para se aproximar mais do seu melhor registo da época, que é de 16,97.

Nélson Évora acabou por fazer um concurso regular, a um nível mediano, para alto nível: 16,63, 16,78, 16,67, nulo, 16,55 e 16,67 foi a sequência dos seus saltos.

O antigo campeão do Mundo e olímpico participou em Zurique apenas pela segunda vez em Campeonatos da Europa, ficando agora não muito longe do lugar que conseguiu em Gotemburgo2006, quando foi quarto.

Benjamin Compaoré abriu o concurso com 17,46 metros, decidindo-se logo quem ficava com a medalha de ouro, bem como com a liderança europeia de 2014, tendo o restante pódio se decidido igualmente cedo, na segunda série de saltos, com Admas a ficar com a prata e Fyodorov a de bronze.

O francês Yoann Rapinier foi quem mais fez por contrariar a tendência cedo definida e no último ensaio chegou aos 17,01 e ao quarto lugar. Mais ninguém passou dos 17,00 metros.

Ainda à frente do português, no quinto lugar, terminou o veterano romeno Marian Oprea, com 16,94 metros.

Também habituada a estar entre os melhores, Ana Cabecinha, a recordista nacional dos 20 km marcha, não fugiu à regra em Zurique, ao ser sexta no final, o seu melhor registo de sempre em Europeus (tinha sido oitava há quatro anos).

Conseguindo integrar o grupo da frente até aos 16 km, a marchadora do Pechão terminou com o tempo de 1:28.40 horas, enquanto que Inês Henriques, a outra portuguesa em prova, chegou na 12.ª posição, com 1:31.32.

Ainda de manhã, Edi Maia e Diogo Ferreira projetaram para Zurique o seu "despique" na vara, a nível nacional, e apuraram-se os dois para a final, o que é inédito no historial do atletismo luso.

Estão no grupo dos 14 melhores e assim já está superado o 13.º lugar de João André, há 12 anos, então como primeiro não finalista.

Edi Maia saltou a 5,30 e 5,40 ao segundo ensaio e assegurou a qualificação com 5,50 somente ao terceiro, enquanto Diogo Ferreira, do Benfica, passou 5,30 à terceira tentativa, 5,40 à primeira e precisou de dois saltos para fazer 5,50.

O recorde nacional, de 5,70 metros, de Edi Maia pode estar em risco, na final de sábado.

Alguma deceção na eliminação de Vera Barbosa nas semifinais dos 400 metros barreiras, depois de ter vencido uma das séries da primeira ronda e chegar às corridas desta quinta-feira com a quarta marca entre as participantes.

Correndo na primeira semifinal, foi quinta e gastou 56,33 segundos, longe do seu melhor do ano. Ainda guardou algumas esperanças de repescagem por tempos, até à realização da segunda semifinal, que, no entanto, foi muito mais rápida e atirou a atleta portuguesa para o 10.º lugar global.

Carla Tavares foi eliminada nos 200 metros, concluindo em quinta da sua série, com 23,90 segundos, o que não deu para a repescagem. Diogo Lima não fez melhor no setor masculino, terminando a sua série em sexto, com 21,15, também insuficiente para a repescagem.

Na sexta-feira, competem Pedro Isidro, nos 50 km marcha, Irina Rodrigues, no lançamento do disco, e Emanuel Rolim, nos 1.500 metros, todos com ambições relativamente limitadas, centradas na obtenção de melhores marcas pessoais.

Depois do terceiro dia de provas em Zurique, as previsões oficiais de "uma a três medalhas" ainda estão por cumprir, mas há já cinco classificações de top-8 - além dos dois atletas desta quinta-feira, também Sara Moreira (10.000 metros), Marco Fortes (peso) e Yazaldes Nascimento (100 metros).