Nelson Évora conquistou, este sábado, a medalha de bronze em triplo salto nos Mundiais de Atletismo de pista coberta, em Birmingham, Inglaterra.
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O atleta bateu o recorde nacional "indoor", com 17,40 metros.
Évora, que chegou a liderar a prova, com uma marca que era na altura a melhor do ano, ficou a três centímetros do norte-americano Will Claye (17,43), medalha de prata nas duas últimas edições dos Jogos Olímpicos, e a um do brasileiro Almir dos Santos (17,41).
O atleta do Sporting conquistou a 13.ª medalha para Portugal em Mundiais de pista coberta e a primeira desde 2010, quando Naide Gomes conquistou a prata no salto em comprimento.
A nona grande medalha
Nelson Évora, quase com 34 anos, voltou a colocar-se entre os grandes do triplo salto, com o bronze hoje conquistado nos Campeonatos do Mundo de atletismo de pista coberta, a sua nona medalha em grandes competições.
Com uma resiliência impressionante, que o levou a recuperar de lesões muito graves, começa o ano em excelente forma, ao conseguir o bronze em Birmingham, 10 anos depois de ter alcançado medalha idêntica em Valência, naquele que era o seu único pódio em Mundiais "indoor".
Hoje, em Inglaterra, Nelson Évora bateu por sete centímetros, um recorde nacional com 10 anos, com 17,40 metros, a três centímetros do norte-americano Will Claye e a um do brasileiro Almir dos Santos.
Este início de 2018 é sequência de um excelente 2017, em que fechou o pódio nos Mundiais ao ar livre, atrás dos norte-americanos Christian Taylor e Will Claye.
Agora treinado pelo cubano Ivan Pedroso, Nelson já tinha sido campeão europeu de pista coberta, então com 17,20 metros.
Para o português, o palmarés chega às nove medalhas em grandes competições.
Em Mundiais, surpreendeu todos em Osaca2007, com o título. Seria depois prata volvidos dois anos e bronze em 2015 e 2017. Logo a seguir a Osaca, foi campeão olímpico em Pequim2008.
A estes sucessos junta o ouro dos dois últimos europeus "indoor", a que acresce o terceiro posto no Mundial de pista coberta de 2008 e agora em 2018. Tem ainda mais sete lugares de top-8 a este nível, só como sénior.
A sua carreira sofreu uma fase de quase apagamento entre 2010 e 2012, com várias lesões, uma das quais bem grave (fratura da tíbia) e cirurgias, mas conseguiu superar isso e ressurgir a um nível de novo excecional, numa espécie de 'segunda carreira', que já assumiu pretender prolongar por mais alguns anos.
Desde o início da época passada que Nelson deu uma volta na sua carreira e deixou o treinador de sempre, João Ganço, pelo cubano Ivan Pedroso, recordista mundial do comprimento, que tem um grupo de treino em Madrid.