João Noronha Lopes, candidato à liderança do Benfica, quis corrigir a "desinformação" e dúvida lançadas sobre a sua capacidade como gestor e explicou a origem do seu "conforto financeiro". Responsável mostrou declarações de rendimentos, entre 2017 e 2023, refutou críticas sobre a sua atividade e revelou que a campanha é "esmagadoramente" financiada por si.
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Numa entrevista à CMTV, esta segunda-feira, o candidato à liderança das águias começou por referir a sua ligação à multinacional McDonalds. "É muito importante corrigir a desinformação em relação à minha capacidade enquanto gestor e à minha situação financeira. Estive 18 anos à frente de uma das maiores empresas do mundo. Comecei como diretor-geral em Portugal e cheguei a responsável mundial de franchising para os 120 países da marca. Concluí a minha carreira ali fechando um dos maiores negócios de sempre de restaurantes na Ásia - vender a operação na China de mais de 2 mil milhões de dólares", lembrou o responsável, associando aquele número a 15% do Orçamento do SNS.
Noronha Lopes enfatizou a cultura de "exigência" fomentada pela multinacional. "É impossível ter uma carreira numa empresa desta envergadura se não existir capacidade de gestão. Se não se apresentar resultados é se despedido. É esta cultura que tenho e que quero levar para o Benfica", salientou o líder que revelou as declarações de rendimentos entre 2027 e 2023, documentos que prometeu publicitar no site da candidatura.
"Durante esse período, acumulei uma riqueza, entre salários e valores mobiliários, de cerca de 23 milhões de euros. Faço isto para repor a minha dignidade e pelo interesse dos benfiquistas, mas não me envergonham estes rendimentos. São fruto do meu trabalho e é por isto que consigo financiar esmagadoramente a minha campanha", sublinhou.
Noronha Lopes admitiu que "alguns amigos" financiam a restante percentagem. "São estes rendimentos que me permitem candidatar à presidência do Benfica, ter a consciência tranquila em relação à sua origem e àquilo que é o meu futuro financeiro", destacou. "Acumulei condições para ter uma vida confortável financeiramente. É disso que vivo", assegura.