Luís Mendonça só começou a carreira como profissional de ciclismo aos 27 anos e é conhecido no pelotão como o "Chefinho".
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Aos 37 anos, Luís Mendonça (Glassdrive-Q8-Anicolor) está a viver o período de maior maturidade de uma carreira no ciclismo, que começou invulgarmente tarde. Foi apenas há uma década que o corredor natural de Paredes decidiu dedicar-se totalmente à modalidade, depois de uma experiência, ainda muito jovem, que acabou por não vingar.
Nesse espaço, Luís Mendonça dedicou-se aos estudos, mais concretamente na área da fisioterapia, mas também a uma atividade como barman, numa discoteca que manteve durante dois anos. No entanto, logo se apercebeu que a verdadeira paixão eram as bicicletas, e desde que abraçou a atividade como ciclista profissional foi crescendo em êxitos e também em respeito, não só nas equipas em que integrou, como também no pelotão, sendo conhecido pela alcunha de "Chefinho", pela capacidade de liderança.
Ciclista versátil e com uma boa ponta final, Luís Mendonça mostrou neste Grande Prémio Douro Internacional uma enorme capacidade de superar os próprios limites do corpo, conquistando a camisola amarela na primeira etapa, para não mais largar.
"Sabia que minha forma física me dava azo a poder sonhar com vitória, mas foi muito mais difícil do que esperava. A dureza do percurso, o calor e a qualidade dos adversários obrigaram-me à superação todos os dias", desabafou o corredor da Glassdrive-Q8-Anicolor.
Luís Mendonça reconheceu que esta prova, organizada pelo JN e O Jogo, foi das "melhores e mais difíceis" em Portugal, enaltecendo um triunfo que apelidou de "muito saboroso".