"Vivemos muito sem pensar nas consequências", disse o antigo jogador à Notícias Magazine, no ano passado, a propósito de um trabalho sobre o impacto das doenças graves quando se é figura pública.
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O trabalho foi publicado em abril do ano passado, na Notícias Magazine, e abordava as dificuldades de lidar com doenças graves quando se é uma cara conhecida. Entre as várias figuras públicas ouvidas pela NM, estava Jorge Costa, que abordou o enfarte sofrido em 2022.
Eis que foi dito pelo antigo jogador e treinador.
"Já tinha sido operado muitas vezes, ao joelho, ao nariz, às clavículas, sei lá. Mas quando mexe com um órgão vital é diferente, vamo-nos mais abaixo, repensamos muita coisa, e sentir que há muita gente a apoiar-nos faz diferença."
O então treinador lembrou ainda que, no dia em que teve o enfarte, tinha acabado de ser avô ("há dois dias", detalhou na altura), pelo que o episódio foi para si um importante toque de despertar para uma mudança construtiva. "Deixei de fumar completamente, comecei a adotar hábitos mais saudáveis. Vivemos muito sem pensar nas consequências, de forma descontraída, mas é importante lembrarmo-nos que há coisas que podem ser evitadas."
Abordou ainda a fulgurante corrente de apoio que lhe chegou na altura: "Foi gratificante e importante."
Jorge Costa faleceu nesta terça-feira, aos 53 anos, depois de se ter sentido mal no centro de estágios do clube, no Olival.