Guarda-redes Diogo Costa assumiu o lugar e tem brilhado na equipa portista. Exibições em Alvalade e Madrid convenceram.
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A um dia de fazer 22 anos, Diogo Costa vive um grande momento na carreira e está a tornar-se um caso sério na baliza dos dragões. Lançado por Sérgio Conceição para a titularidade no início desta época, aproveitando a ausência de Marchesín durante quase toda a pré-temporada, devido à Copa América, o guarda-redes está a tirar o máximo partido da oportunidade. No clássico com o Sporting e no duelo da Champions com o Atlético de Madrid, foi mesmo dos melhores em campo, como que a provar que os jogos de maior pressão não o intimidam.
"O Diogo está a mostrar que tem valor para ser um belíssimo guarda-redes e deu uma resposta positiva nestes primeiros testes de dificuldade elevada. Não me surpreende que tenha feito boas exibições em Alvalade e em Madrid, porque ele é um guarda-redes por natureza tranquilo e confia nas capacidades que tem", afirma, ao JN, o internacional português Beto, que representou o F. C. Porto durante as épocas de 2009/10 e 2010/11.
Com Marchesín lesionado, o jovem guarda-redes tem caminho aberto para manter o lugar no onze, faltando saber o que irá acontecer quando o argentino estiver recuperado. "A titularidade será discutida e vai caber a Sérgio Conceição tomar decisões. Agora, a verdade é que o Diogo está a marcar posição e a demonstrar que tem valências para ser uma opção válida", diz Beto, desvalorizando a questão da idade: "A juventude mede-se pela abordagem ao jogo e, a esse nível, o Diogo tem demonstrado já muita maturidade".
Renovação para fechar
Diogo Costa é um dos jogadores do plantel portista cujo contrato termina no final desta época (os outros são Mbemba, Fábio Vieira e Corona) e as exibições que tem feito tornam a renovação ainda mais premente, isto na perspetiva da SAD do F. C. Porto. Ao que o JN apurou, a assinatura de um novo vínculo, até 2025, está bem encaminhada e há um compromisso verbal entre as duas partes para que seja fechada em breve. Recorde-se que, para além de ser titular dos dragões, o guarda-redes esteve na última convocatória da seleção portuguesa, embora não tenha sido utilizado por Fernando Santos.
Ases do passado
Mlynarczyk: uma das lendas da final de Viena
Chegou ao F. C. Porto em 1985 e fez três épocas de sonho, ajudando a equipa portista a ganhar tudo, incluindo a Taça dos Campeões Europeus e a Taça Intercontinental. Destacava-se pela frieza entre os postes.
Vítor Baía: o mais titulado dos dragões
Lançado às feras em 1988, devido a lesão de Mlynarczyk, Baía tornou-se referência da baliza portista durante quase duas décadas. Ganhou 28 títulos no clube, com uma passagem por Barcelona pelo meio, incluindo a Taça UEFA e a Champions.
Helton: figura em década de ouro
Rendeu Vítor Baía em 2006 e fez história nos 10 anos seguintes, ajudando à conquista de sete campeonatos. Ganhou ainda a Liga Europa, em 2011, já como capitão de equipa. Impressionava pela elasticidade.
Iker Casillas: de Madrid para a Invicta
Lenda do Real, Casillas chegou de surpresa ao F. C. Porto, em 2015, a tempo de fazer as últimas quatro épocas de uma carreira brilhante, com um título de campeão em 2018. Estava no auge quando um problema cardíaco o obrigou a retirar-se.