Presente e futuro de jovens promissores juntou técnicos e especialistas na conferência a cargo do jornal O Jogo.
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Decorreu, esta quarta-feira, no Fórum Cultural de Ermesinde a primeira conferência organizada pelo jornal O Jogo, inserida nas comemorações do 38.º aniversário. O tema "Futebol de formação: presente e futuro" serviu de mote à discussão. Filipe Ribeiro, coordenador da formação do F. C. Porto, destacou três premissas do clube azul e branco para introduzir um jovem na exigência do futebol de alta competição: "Há três pilares fundamentais no processo: o desportivo, escolar e social".
Hugo Vieira, coordenador da formação do Sporting de Braga, valorizou a importância que os minhotos dão à personalidade e caráter do jogador, para além da qualidade que exibe nas quatro linhas. "Já dispensámos um jogador internacional pelas camadas jovens e titular no respetivo escalão por ter apresentado comportamentos impróprios", confessou.
Vítor Murta, presidente do Boavista, marcou presença num dos painéis de convidados e referiu que, embora numa dimensão diferente, o objetivo dos axadrezados passa por ter uma formação ao nível dos grandes de Portugal: "Ainda não temos uma situação financeira que nos permita chegar a esse nível, mas o futuro passa por aí".
O treinador e antigo jogador Domingos Paciência e o comentador Luís Freitas Lobo finalizaram a sessão, abordando o tema mais controverso do programa. Freitas Lobo criticou a forma como por vezes se tenta encontrar uma fórmula para fabricar o atleta tipo, correndo o risco de menosprezar o talento. Algo com o qual Domingos Paciência concordou, apoiando-se no exemplo de João Félix: "Sentiu dificuldades no clube onde esteve por ser um jogador rebelde e talentoso, num futebol cada vez mais tático".