Lúcio Pereira foi guarda-redes no Varzim, no Leixões e no Tirsense, mas foi nos poveiros que viveu os melhores momentos da carreira.
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Quando Lúcio Pereira olha para trás, há um emblema que surge em plano de destaque. Qual? "Foi no Varzim que eu vivi os melhores anos da minha carreira. Fui uma vez internacional A, quatro vezes internacional olímpico e ainda fui distinguido por dois jornais como o jogador do ano", destaca, orgulhoso, o antigo guarda-redes.
Das seis épocas que lá passou, cinco no escalão principal, guarda com especial carinho as duas últimas (1986/87 e 1987/88). "Nesses anos, havia uma confiança tão grande na equipa do Varzim em termos defensivos que toda a gente sabia que quando marcávamos, dificilmente perdíamos o jogo", recorda.
Mas a camisola que segura tem outra particularidade: a cor. "Os representantes da marca que me patrocinava deixaram-me ir lá escolher o equipamento. Optei pelo amarelo e, como as coisas me começaram a correr bem, queria sempre jogar com essa cor. Quando via os guarda-redes adversários de amarelo, ficava logo em pulgas", garante.
Já a gozar a reforma, após duas décadas como treinador, Lúcio guarda ainda todas as memórias de uma carreira feliz, como as épocas no Leixões (em particular uma vitória sobre o Benfica em 1975/76, em que defendeu "tudo") e a internacionalização A, em San Siro, num jogo frente à Itália. "Já tinha 29 anos, mas mesmo assim fiquei ansioso como tudo", diz, de peito feito.