Oito pessoas foram detidas e duas foram esfaqueadas nos desacatos que ocorreram na quarta-feira em Nápoles, antes da partida entre os italianos e o Eintracht Frankfurt.
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Os últimos relatórios confirmam que oito pessoas foram detidas, cinco italianos e dois alemães, na sequência dos desacatos vividos ontem na cidade de Nápoles, antes do jogo entre os italianos e o Eintracht Frankfurt, a contar para a Liga dos Campeões. Dois alemães foram esfaqueados e até Grégory Sertic, antigo futebolista e agora comentador do Canal Plus, foi agredido.
O Eintracht Frankfurt já emitiu um comunicado, através de Philipp Reschke, membro do conselho de administração do clube germânico. "O caos e a improvisação substituíram a organização que tínhamos preparado. A polícia confirmou que o ataque na cidade veio dos fãs do Nápoles, mas isto não justifica a violência que mais tarde eclodiu de ambos os lados. As proibições não levam a lado nenhum, privam os adeptos de uma tal partida e não impedem de qualquer forma certas pessoas de se juntarem. Lamentamos profundamente os acontecimentos que tiveram lugar em Nápoles. Não há absolutamente nada que justifique esta violência... é inaceitável. Prejudica o futebol, prejudica o Eintracht Frankfurt e prejudica os nossos esforços para defender os adeptos que querem assistir a um jogo sem restrições no estádio", pode ler-se na nota.
O Nápoles, através do presidente De Laurentiis deixou críticas ao presidente da UEFA Aleksander Ceferin. "Não falo de Ceferin, ele comenta com as suas opiniões. Contudo, peço ao presidente [da Comissão Europeia] Von der Leyen que não deixe o futebol para aqueles que gozam de uma posição dominante e sem precedentes, como a UEFA. Viu-se o que a FIFA roubou, em milhares de milhões, ao longo dos anos. Uma vez que o futebol é popular e é o baluarte máximo da democratização, deve ser protegido, evitando monopólios. O empreendimento do futebol na Europa deve ser defendido".
"O desporto é desporto se os adeptos forem corretos. E as famílias devem ir ao estádio, não aqueles que querem traficar drogas ou fumar marijuana. Aqueles que gritam 'Napoli somos nós' estiveram provavelmente fora do estádio ontem, a perseguir os alemães na cidade ou em guerrilha com a polícia", continuou o dirigente.
Recorde-se que na quarta-feira a cidade de Nápoles foi palco de extrema violência entre adeptos do clube italiano e do Eintracht Frankfurt.