A Olivedesportos rescindiu o contrato relativo à Taça da Liga. Em carta enviada aos clubes alega "justa causa"e aponta o dedo ao presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Mário Figueiredo: "Nunca quis negociar. O que queria, e acabou por conseguir, foi destruir o contrato".
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O impasse dura há vários meses. De acordo com o contrato, caberia à Liga encontrar uma televisão que transmitisse uma parte dos jogos em sinal aberto. Em contrapartida, a Olivedesportos arranjava um patrocinador para a Taça da Liga. Como a primeira premissa não se cumpriu em tempo útil, a segunda tornou-se inviável.
Mário Figueiredo foi "alertado desde julho" para a necessidade de contratar a transmissão de jogos em sinal aberto, mas "só o veio a fazer a 19 de novembro", o que inviabilizou a contratação em tempo oportuno de um patrocinador . Ora, "sem televisão não se pode negociar patrocínios. Todos o sabem", lê-se na carta da OLivedesportos, ainda ontem enviada a todos os presidentes dos clubes.
Para além de ter encontrado uma televisão demasiado tarde, Figueiredo terá vendido os jogos a preço de saldo. A TVI terá aceite pagar cerca de 250 mil euros, por contraponto aos 1,6 milhões de euros que a SIC pagou na época passada. Preços que a Olivedesportos, sem adiantar números, confirma serem "irrisórios", lembrando aos líderes dos clubes que isso terá "um dano no mercado muito difícil, se não impossível, de recuperação".
Depois de muitas "diatribes" e "desconsiderações" de Figueiredo, após "formular propostas" e de "assumir prejuízos", a Olivedesportos concluiu não haver outro caminho senão rescindir contrato. O que não significa que se chegou ao fim da história. Como admite na carta, é um assunto que "ainda vai fazer correr muita tinta".