O estreante austríaco Matthias Walkner (KTM) venceu esta terça-feira a sua primeira etapa num rali Dakar, no dia em que o português Paulo Gonçalves (Honda) manteve o segundo lugar na geral das motos.
Corpo do artigo
Antigo campeão de motocrosse, o austríaco precisou de apenas três etapas para conseguir a primeira vitória no mítico rali de todo-o-terreno, cumprindo os 220 quilómetros cronometrados, entre San Juan e Chilecito, na Argentina, em 2:34.28 horas, à frente dos espanhóis Marc Coma (KTM) e Joan Barreda (Honda), a 40 segundos e 1.53 minutos, respetivamente.
Depois de duas presenças no pódio nas etapas inaugurais, Paulo Gonçalves foi apenas quinto, a 2.49 minutos, mas manteve a segunda posição, a 5.33.
"Continuamos na luta, está a ser um bom rali. Muito difícil, exigente, mas tanto eu como a minha Honda CRF 450 Rally temos estado à altura. Estamos na liderança, o Barreda está a fazer um excelente trabalho, eu igual, estou em segundo, se conseguirmos continuar assim até ao fim será um excelente resultado", disse Gonçalves, citado pela sua assessoria.
Ruben Faria (KTM) caiu para quinto, a 12.10 minutos de Barreda, após ter sido sétimo na tirada, enquanto Hélder Rodrigues caiu para nono, a 18.34.
"Foi uma etapa mais curta, penso que mais fácil, mas os últimos 30 quilómetros foram complicados. No leito do rio havia muitas pedras e água. Mas estou satisfeito por estar aqui, é mais um dia ultrapassado, dia-a-dia, passo-a-passo. Estou muito satisfeito com a minha posição", disse Faria, citado no sítio oficial do Dakar na internet.
Mário Patrão (Suzuki), o único piloto privado português, foi 30.º na etapa, a 20.29 minutos de Walkner, e é 33.º na geral, a 1:28.21 horas de Barreda.
Nos carros, o argentino Orlando Terranova (Mini) conseguiu a segunda vitória na prova, mas desta feita em pista, depois de na primeira tirada ter sido declarado vencedor, por penalização ao catari Nasser Al-Attiyah (Mini).
Terranova gastou 2:57.28 horas para cumprir a especial de 284 quilómetros, menos 1.54 minutos do que o sul-africano Giniel De Villiers (Toyota) e 2.52 do que o saudita Yazeed Alrajhi (Toyota).
Na geral, Al-Attiyah continua a liderar, com 5.18 minutos do que De Villiers e 18.05 do que Terranova.
Ricardo Leal dos Santos foi o melhor português na terceira etapa, levando o seu Nissan à 17.ª posição, a 23.25 minutos do vencedor, sendo agora 22.º da geral, a 1:35.45 horas.
"Infelizmente, fomos mais uma vez forçados a moderar o nosso ritmo, desta vez por causa da suspensão. Há um conjunto de alterações que iremos fazer nos próximos dias e que derivam do facto de nunca, anteriormente, termos rodado com este carro em ritmo de competição. Esta Nissan tem um excelente comportamento geral, mas não vinha com a suspensão afinada para zonas de piso muito mau, como tem sido o caso", lamentou Leal dos Santos, citado pela sua assessoria.
Na geral, Carlos Sousa (Mitsubishi) manteve a nona posição, a 41.52 minutos, apesar do 18.º posto na etapa, a 24.06 de Al-Attiyah.
Na quarta-feira, o Dakar entra no Chile, com a ligação entre o Chilecito e Copiapó, com os carros e as motos a terem uma especial de 315 quilómetros.