Na apresentação do livro "Liga Portugal Arena: passado, presente e futuro", Pedro Proença, líder da Liga Portugal, e Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, lembraram as sinergias estabelecidas para fazer nascer um projeto "futurista". O antigo árbitro destacou, ainda, a união que se vive no futebol nacional.
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A nova sede da Liga Portugal, no Porto, foi palco, esta terça-feira, da apresentação do livro "Liga Portugal Arena: passado, presente e futuro", num debate, moderado por Luís Osório, que contou com a presença de Pedro Proença, presidente da Liga, e Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto.
A abrir a conversa, Pedro Proença falou sobre a origem do conceito para a criação do edifício, inaugurado no dia 13 de dezembro, que referiu ser "futurista". "Tem muitas valências, como projeção de marca, de criação de atividade entretenimento. O que fizemos aqui foi criar um novo conceito, a Liga Portugal experience, que vai crescer daqui para o mundo", comentou, elogiando a postura de Rui Moreira e a sinergia criada entre ambos.
"Na primeira reunião disse que tinha a ideia de fazer a ampliação do edíficio da Liga, mas o Rui [Moreira] tem uma caraterística que gosto muito: é um fazedor de coisas. Ao contrário do habitual presidente de Câmara, não cria dificuldades, mas sim soluções. E ele disse que íamos fazer algo muito diferente. E hoje temos este edifício, do qual ele é muito pai desta ideia", acrescentou, enfatizando a visão de Rui Moreira ao percecionar a "importância para manter a sede da Liga Portugal no Porto".
Já o autarca da Câmara Municipal do Porto afirmou que era importante não deixar "fugir" o edifício que outros lutaram por estabelecer na cidade invicta e destacou que as anteriores instalações vão ser reaproveitadas.
"Vai ser uma empresa municipal dedicada ao desporto. Este é de vivência, o outro era de trabalho para os funcionários. O sonho do Pedro [Proença] era ter um edifício que fizesse a festa do futebol cá dentro. Ele está completamente aberto. É possível comprar bilhetes para todos os jogos e tem um conjunto de atividades lúdicas que faz com que o futebol esteja cá dentro e não apenas a organização. Quando há uma pessoa com o engenho do Pedro, apenas temos de ser fazedores. É uma palavra mal vista, mas não, nós podemos ser complicadores ou facilitadores [...] Não sei se há outro na Europa, mas igual não há. Nós aproveitamos a ocasião para dizer: 'Este peixe não vai sair daqui e vai ter um aquário melhor", atirou.
Já o responsável máximo da Liga Portugal, que termina o mandato, puxou a cassete atrás e reviveu todo o trabalho exercido até este preciso momento: "Este edifício marca o momento de afirmação de uma marca, de uma marca nacional e internacional. Tenho dito que isto é um tempo que não voltará para trás. É um espaço que se vai afirmar e tenho alguma pena de não acompanhar, como a centralização dos direitos. Direi que a Liga está avançada e espero que haja alguém para dar continuidade a este trabalho, até porque o grande capital que vamos deixar na Liga Portugal não são as infraestruturas, mas sim as pessoas", lembrou, assegurando que António Simões, antiga glória do Benfica, incentivou a uma candidatura para o novo projeto que se avizinha: a presidência à FPF.
"Digo muito nas cimeiras, que a única coisa que nos divide são 90 minutos. Em tudo o resto somos parceiros de negócios com interesses em comum", encerrou Pedro Proença, lembrando a união que conseguiu estabelecer entre todos os clubes profissionais.
Rui Moreira vê com bons olhos a candidatura de Pedro Proença à FPF
Após a sessão, em zona mista, Rui Moreira elogiou todo o trabalho realizado por Pedro Proença na liderança da Liga Portugal: "Por um lado é fácil, porque há tanta coisa feita, e tanta coisa em marcha, que quando comparado o que era a Liga há 10 anos atrás, esta é uma herança mais fácil. E há também um motivo para ser difícil, porque Pedro Proença teve sempre esta capacidade de inovar, de nos surpreender e juntar coisas que não pareciam ser possíveis de se misturar. Conseguiu fazer o molho da salada, se assim quiserem, num cozinhado que, às vezes, parecia impossível. Este é edifício, é apenas um dos exemplos daquilo que foi possível. Hoje em dia já ninguém pergunta por que motivo existe a Liga Portugal”, mencionou, falando, seguidamente, das eleições à FPF, ocupando, inclusive, um cargo no conselho superior da lista de Pedro Proença.
"A Federação acaba agora o mandato do Doutor Fernando Gomes, que fez um papel relevante, mas como em estes cargos há um tempo em que se precisar de inovar e dar alento ao desporto mais importante em Portugal. O futebol é um desporto a nível global e Portugal tem estado sempre no topo. Isso não se exerce apenas pelos clubes, mas também pela formação, da criação de valor. Vamos ter um grande desafio com o Campeonato do Mundo e a experiência do Pedro Proença seguramente será muito útil", rematou.