Paulo Bento revelou esta sexta-feira à noite, em entrevista à RTP Informação, que o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, não queria prescindir dos seus serviços. Sobre a possível influência de Ronaldo na sua saída da Federação, Paulo Bento disse não querer acreditar que "algum jogador possa influenciar uma pessoa ou uma direção".
Corpo do artigo
"Se fosse só a vontade do presidente [Fernando Gomes], possivelmente continuaria a ser selecionador nacional", afirmou o antigo técnico nacional, explicando: "Dentro da direção, chegou-se à conclusão que seria melhor prescindir dos meus serviços. Não estou a falar de ninguém em especial".
Paulo Bento recusou ainda assumir ter tido vontade de deixar o cargo. "Não partiu [de mim]", referiu, reconhecendo: "O jogo com a Albânia [derrota por 0-1] foi a gota de água, que fez tombar o copo".
Depois, uma crítica velada às mudanças efetuadas na estrutura da Federação, nomeadamente à promoção de Paulo Bento a líder do gabinete coordenador técnico nacional. "Tendo em conta a decisão tomada, muito possivelmente a situação não estava tão consistente como se esperava", disse.
Em relação à possível influência de Cristiano Ronaldo na sua saída e na escolha do novo selecionador nacional, Bento foi taxativo: "Não quero acreditar que algum jogador possa influenciar uma pessoa ou uma direção". "Invertiam-se os papéis. Não seria bom para ninguém. Nem para a FPF nem para o jogador", sublinhou.