Portistas voltam às vitórias, num jogo que lhes correu de feição. Samu abriu o marcador de grande penalidade e Vieira fechou-o com um belo remate.
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Pela primeira vez em dois meses, o F. C. Porto ganhou um jogo sem acabar com o credo na boca. O triunfo em Arouca não teve brilhantismo, mas pelo menos mostrou uma equipa portista mais segura a defender e com algum critério a atacar. O golo de penálti de Samu, logo aos 13 minutos, lançou os dragões para a vitória, justificada na segunda parte com alguns lances bem construídos. Fábio Vieira começou por acertar na barra, mas depois rematou mesmo para as redes, selando o resultado final.
O regresso de Marcano à competição após um ano e meio de ausência e a lesão no aquecimento de Rodrigo Mora marcaram o onze portista, que teve o espanhol no centro da habitual defesa a três e Eustaquio sobre a faixa direita. Sem fazer grande coisa por isso, o F. C. Porto ficou em vantagem aos 13 minutos, numa grande penalidade sofrida e convertida por Samu, que o VAR descortinou.
No resto do primeiro tempo, os arouquenses tentaram chegar à igualdade e estiveram perto de o fazer em dois remates do atacante Jason, bem defendidos por Diogo Costa. Pelo meio, os dragões também podiam ter chegado ao segundo golo, num lance em que Gonçalo Borges isolou Samu, mas o espanhol perdeu-se numa finta desnecessária ao guarda-redes João Valido, quando se pedia um disparo à baliza.
O futebol sem fluidez dos portistas manteve-se na segunda parte, embora a estratégia de dar a bola ao Arouca para sair com mais espaço para o ataque tenha dado frutos. Ao contrário do que tem acontecido, a equipa de Martín Anselmi não cometeu erros defensivos e conseguiu sair bem para o ataque. Com Eustaquio mais no meio e Namaso no lugar de Gonçalo Borges, viu-se mais agressividade no último terço e o golo de Fábio Vieira podia ter surgido mais cedo.
Nos minutos finais, o Arouca arriscou tudo na frente e ainda festejou o 1-2, por Mansilla, mas o golo foi anulado pelo VAR, devido a uma falta sofrida sobre Martim Fernandes no ataque anterior dos portistas.
Análise
Mais
Fábio Vieira mereceu o golo pela objetividade com que jogou. Marcano regressou a jogar simples e mostrou que pode ajudar a defesa portista. Namaso entrou para dar trabalho à defesa arouquense.
Menos
Para uma equipa que não perdia desde dezembro, o Arouca produziu pouco. Samu marcou o penálti e Gonçalo Borges teve um ou outro lampejo, mas o ataque portista precisa de mais qualidade.
Árbitro
O árbitro foi salvo pelo VAR nos lances vitais. Pode não ter visto o penálti, mas a falta sobre Martim no golo anulado ao Arouca é demasiado evidente para passar em claro.