Pepe e Coates, os patrões da defesa

PEPE

Patrão da seleção portuguesa há mais de uma década, Pepe continua a mostrar que a idade não passa de um número e é um dos grandes pilares da defesa e do F. C. Porto. Hoje, vai fazer o 287.º jogo da carreira com a camisola azul e branca.

6 clubes

Pepe chegou a Portugal em 2001 com apenas 18 anos, para jogar no Marítimo. Ainda prestou provas no Sporting, mas acabou por não ficar. Após brilhar na Madeira, assinou pelo F. C. Porto, três anos depois. Mudou-se depois para o Real Madrid onde ganhou tudo o que havia para ganhar, antes de regressar ao clube azul e branco, após uma passagem pelo Besiktas. No palmarés, tem 26 títulos, dos quais se destacam três Ligas dos Campeões, quatro Ligas portuguesas e um campeonato da Europa por Portugal.

128 internacionalizações

Pepe é o defesa mais internacional de sempre de Portugal, depois de ultrapassar Fernando Couto (110 jogos). A estreia com as cores lusas foi em novembro de 2017, no Dragão.

Pagou salários antes de rescindir com o Besiktas

Quando rescindiu contrato com o Besiktas em 2018, um dos motivos estava relacionado com os problemas económicos que o clube atravessava. Pepe não ficou indiferente e teve uma atitude nobre antes de sair do clube turco: resolveu ajudar e pagar o salário de alguns funcionários, nomeadamente cozinheiros e tratadores de relva. O veterano defesa central terminou a ligação com o clube de Istambul após uma época e meia, durante a qual participou em 52 jogos e marcou sete golos.

Se não fosse jogador de futebol seria taxista

Natural de Maceió, no estado brasileiro do Alagoas, Pepe teve uma infância humilde e foi "descoberto" quando jogava na rua. O central afirma que sempre fez questão de "trabalhar mais do que os outros" para conseguir concretizar o sonho de ser futebolista e já tinha um plano B caso não conseguisse seguir carreira nos relvados: ser taxista. Pepe é, ainda, o único jogador que defrontou Messi por mais de 15 vezes na carreira e tem mais vitórias do que derrotas: em 23 duelos, o português venceu 10 e perdeu nove.

COATES

Começou a jogar basquetebol, mas foi no futebol que encontrou a verdadeira paixão. Decisivo no último campeonato conquistado pelos leões, o uruguaio é uma das maiores figuras de Alvalade e não é à toa que é capitão do Sporting.

12 títulos

Coates está há oito épocas a jogar de leão ao peito e foi pelo Sporting que conquistou mais troféus: um campeonato, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e quatro Taças da Liga.

4 clubes

Coates começou a carreira no Nacional, do Uruguai, em 2008 e viajou até à Europa para assinar pelo Liverpool (2011/12), clube no qual esteve cinco épocas, duas delas cedido ao Sunderland, que acabou por contratar o central. Em 2015/16 chegou ao Sporting e não saiu mais de Alvalade. Hoje é um dos capitães e das grandes referências do plantel.

Chegou a praxar atletas que chegaram ao plantel

Recentemente, Coates admitiu que praxou companheiros e já rapou a cabeça a dois futebolistas, quando ainda jogava no Uruguai. "No Uruguai e no Nacional de Montevideu é tradição, a qualquer jogador que chega à primeira equipa. Fi-lo", contou em entrevista ao "ADN de Leão". Mas, hoje em dia, Coates garante que já não o faz essa prática e recordou algumas praxes que também sofreu: "No meu início de carreira, acabava o treino e tinha de limpar as botas de todos os companheiros de equipa".

Pais não queriam que fosse futebolista

Apesar da boa carreira no futebol, o desporto rei nem sempre foi a primeira paixão de Coates. Antes de começar nos relvados, o uruguaio seguiu as pisadas do pai e jogou basquetebol. Mais tarde decidiu continuar no futebol mas, no início, os pais não gostaram muito da ideia, uma vez que queriam que o filho estudasse. Coates, que chegou a jogar como segundo avançado, tem origens escocesas - o avô paterno era escocês - gosta de estar em Portugal e adora a comida do nosso país, principalmente pratos de peixe.