Providência cautelar suspendeu castigo ao capitão do F. C. Porto, que respondeu com uma exibição incrível e uma assistência de classe. Leões nunca ameaçaram a reviravolta.
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Um azul cada vez mais forte e perto da glória. Depois do triunfo em Alvalade, por 2-1, na primeira mão, o F. C. Porto voltou a vencer o Sporting, garantindo, de forma clara, o apuramento para a final e abriu, também, o caminho para poder celebrar mais uma dobradinha, à semelhança do que fez em 2019/20. É verdade que o título nacional ainda não está selado - só falta a garantia matemática - e que o Tondela terá sempre uma palavra a dizer no Jamor, mas a equipa de Sérgio Conceição entra na reta final da temporada com uma enormíssima dose de favoritismo.
Mais de dois meses depois do escaldante clássico do campeonato (2-2) e no dia seguinte à aplicação dos castigos a Pepe, Matheus Reis e Tabata, o central portista e o lateral brasileiro dos leões foram mesmo a jogo, mas, no final, apenas o internacional português festejou. Foi, aliás, a grande figura do jogo, já que se a eficácia defensiva é tudo menos uma novidade a assistência para o único golo do encontro foi absolutamente incrível. O lance até começou por ser anulado, mas o VAR viu que Toni Martínez estava em jogo. Há pouco tempo, mas estava. Tinha entrado dois minutos antes e, com apenas dois toques na bola (um para receber e outro para rematar) sentenciou de vez a meia-final.
O ambiente, esse, esteve bem quentinho, ao contrário do tempo, e a primeira parte ameaçou ser o ensaio para a repetição do deplorável espetáculo no final do jogo da Liga. Faltas e faltinhas, simulações e exageros foi aquilo a que os adeptos tiveram direito e bom futebol, esse, nem vê-lo. Ou quase, porque Sarabia ainda marcou num grande gesto técnico, mas o espanhol estava em claro fora de jogo, e, mesmo em cima do intervalo, Zaidu esteve perto de ser herói.
A segunda parte foi bem diferente. Os jogadores decidiram jogar à bola - um luxo nos tempos que correm -, o F. C. Porto subiu mais a linha defensiva e "lançou" a melhor oportunidade do Sporting. Aos 51 m, Matheus Reis isolou Matheus Nunes, mas Marchesín teve uma saída corajosa e abriu caminho ao ataque final azul e branco. Fábio Vieira e Vitinha, por duas vezes, fizeram brilhar Adán, o controlo de bola dos dragões foi perfeito e Toni Martínez acabou com todas as dúvidas, ao receber de pé direito e disparar de esquerdo.
O Sporting continuava a precisar de dois golos, Coates foi para ponta de lança, mas a pouca esperança que os leões ainda poderiam ter desapareceu quando Porro perdeu a cabeça e foi expulso.
Mais
Que Pepe é um central de classe mundial toda a gente sabe, mas vestiu a pele de virtuoso, com uma assistência de luxo. Ugarte foi, de muito longe, o melhor jogador do Sporting.
Menos
Matheus Nunes está numa fase menos boa e isso foi evidente na dificuldade que o Sporting teve em segurar a bola. Trio ofensivo dos leões quase não se viu, sobretudo na segunda parte.
Árbitro
Fez, e bem, olhos e ouvidos de mercador às simulações e queixinhas das equipas na primeira parte e decisão correta na expulsão de Porro. VAR corrigiu no 1-0.