O francês Stephane Peterhansel (Mini) continua a liderar o rali de todo-o-terreno Dakar2012, mas viu a sua vantagem ser reduzida para um pouco mais de sete minutos e meio, após a oitava etapa.
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A longa ligação entre Copiapó e Antofagasta, de 477 quilómetros, não era das mais selectivas e Peterhansel saiu-se bastante bem, apesar de furar, ao ser quarto e perder apenas 5.35 minutos para o espanhol Joan Roma (Mini), vencedor em 4:25.44 horas.
O grande beneficiado foi o americano Robbie Gordon (Hummer), segundo na etapa a apenas cinco segundos de Coma, que subiu ao segundo lugar da geral, a 7.36 do piloto francês da Mini.
Na geral, Peterhansel tem um tempo agregado de 20:04.15 e ainda tudo pode acontecer, já que os outros dois Mini seguem muito perto, com o polaco Krzystof Holowczyk em terceiro, a 7.48, e Roma em quarto, a 12.27.
No final da etapa, Roma estava satisfeito: "Estou muito contente por ter voltado a ganhar uma etapa. Temos sido bastante cautelosos para não corrermos riscos e isso hoje deu os seus frutos. Atacámos onde devíamos atacar e tudo correu bem".
Quanto a Peterhansel, admitiu estar a "perder demasiado tempo".
"Na zona rápida andámos a fundo. Na parte final furámos e perdemos algum tempo e fomos mais cautelosos porque era uma zona muito perigosa e traiçoeira", explicou.
O português mais bem classificado na etapa e na geral é Carlos Sousa (Haval), que esta segunda-feira terminou a 16.57 de Coma, em sétimo, e está a 1:23.29 de Peterhansel, em oitavo, a posição que tinha sábado.
Por outro lado, recuperou cerca de dois minutos ao russo da Mini Leonid Novitski, pelo que o sétimo lugar continua a ser objectivo realista.
"Iniciámos o troço com algumas cautelas, procurando perceber se estava tudo bem com o carro após a revisão geral que a equipa realizou no dia de descanso", disse o piloto, que continua "a sentir dificuldades, já que a traseira continua muito instável".
Isso não impediu que aumentasse o ritmo, "forçando o andamento nas partes mais rápidas" e defendendo-se nas zonas de pior piso, "onde era mais fácil furar".
Admitindo que é difícil subir mais na classificação, a seis dias do final, Carlos Sousa reconhece também que o resultado desta segunda-feira é "particularmente motivador", por colocar o russo "sob pressão".
"Daqui para a frente acredito que as dificuldades vão aumentar ainda mais, pelo que teremos de estar concentrados na corrida e evitar qualquer problema", disse ainda.
Ricardo Leal dos Santos (Mini) continua apostado em ganhar mais lugares - depois do infortúnio da terceira etapa, em que desceu para 50.º.
Esta segunda-feira, foi nono, a 20.58, subindo na geral mais dois lugares, para 14.º, a 3:43.55 de Peterhansel, mesmo tendo furado por duas vezes na jornada.
"A etapa era pouco interessante, com zonas de mais de vinte quilómetros sempre a fundo. Fomos infelizes, já que furámos por duas vezes. Na parte final havia uma zona com muita pedra e baixámos o andamento, para não correr o risco de voltar a furar", explicou.
Quanto a Francisco Pita (SMG), foi hoje 36.º na classificação provisória, quando ainda faltam chegar vários pilotos. Deverá melhorar consideravelmente o 67.º lugar de sábado, estando a 19:09.39 de Peterhansel.