Pedro Pablo Pichardo revelou que ainda ficou assustado quando viu a marca cair, agradeceu à concorrência pela competição, num gesto que extendeu aos portugueses, à família e aos profissionais de saúde que o ajudaram a recuperar nos últimos meses de "uma lesão grave na coluna".
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Pedro Pablo Pichardo mostrou novamente ser um atleta reservado para os grandes momentos e voou para destronar a concorrência no triplo salto com a marca de 17,91 metros, depois de ter visto o trono ser ameaçado na última tentativa. Em declarações aos meios de comunicação, o atleta português, de 32 anos, revelou que esperava uma ponta final mais calma.
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"Por acaso não queria saltar mais, pensei que tinha a vitória do nosso lado. Mas quero também agradecer ao atleta da Itália que puxou por mim e fez que saísse aquele grande salto", começou por dizer, antes de comentar as sensações nos últimos instantes em que por momentos chegou a estar fora do primeiro posto.
"Por acaso fiquei assustado, não estava à espera. Não é para subestimar o atleta, mas esperava que fosse outro e não o rapaz da Itália. Por acaso tinha um pouco de energia e saiu um grande salto", atirou.
Pedro Pablo Pichardo revelou, ainda, que "não sabia" ter sido o primeiro português a conquistar dois ouros na história do país nos Mundiais de Atletismo.
"Fico muito contente. Só tenho de agradecer a todos os portugueses, a toda a minha família, à minha esposa, mãe e às minhas filhas, ao fisioterapeuta, o Ricardo Paulino, e ao Dr. José Gomes. Há dois meses estava com uma lesão muito grave na coluna, com uma fratura e um edema, eles conseguiram trabalhar para me recuperar. E, obviamente, ao meu pai, que é meu treinador e que nunca falha", atirou.