Tradição e muito entusiasmo na cerimónia oficial de abertura do Rali de Portugal 2023, esta quinta-feira à noite em Coimbra. Cronómetro começa a contar sexta-feira, com o Centro do país a receber as primeiras oito classificativas, num dia que acaba com a superespecial da Figueira da Foz.
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O entusiasmo do público e o sol português foram destacados por quase todos os pilotos na cerimónia de arranque do Rali de Portugal, na Universidade de Coimbra. Na Alta Universitária, o público aglomerou-se para os autógrafos e, seguindo a tradição conimbricense, não faltaram as tunas.
Passavam poucos minutos das 19 horas quando os fãs se juntaram no Átrio do Departamento de Química para a sessão de autógrafos. No meio do público, na maioria português, destacavam-se duas grandes bandeiras da Estónia, empunhadas por Tarmo Liysalo, a mulher e um casal amigo. "É a primeira vez em Portugal, mas costumamos ir aos ralis dos países vizinhos, como Suécia ou Finlândia", aponta Tarmo. Em Portugal, o apoio é para Ott Tanak. "É o melhor", assegura.
Após a atuação da Estudantina Universitária de Coimbra, começaram a ser apresentados os pilotos, com especial destaque para Dani Sordo e Thierry Neuville, os mais aplaudidos. "É incrível, quer pelo percurso como pelo tempo, que aqui está sempre sol", destacou Gus Greensmith, o primeiro piloto a ser apresentado.
No seu 12.º Rali de Portugal, Thierry Neuville falou do bom ambiente, do bom tempo, e do estado de espírito: "Estamos aqui para ganhar". A seguir a Neuville, foi a vez de Tanak falar. "Vai ser uma grande luta, num Rali muito difícil", disse. Os carros saem hoje da Universidade de Coimbra pelas oito horas da manhã, e a especial da Lousã arranca às nove.
Evans com ritmo
Depois da vitória na Croácia, que lhe permitiu igualar Sébastien Ogier no topo do Mundial WRC, Elfyn Evans mostrou ritmo no "shakedown". O galês da Toyota foi o mais rápido no treino de Paredes (Baltar), superando Esapekka Lappi (Hyundai) e Ott Tanak (Ford Puma).
Evans é um dos grandes favoritos à vitória, mas terá de enfrentar, na etapa de hoje, um adversário extra. Como líder do campeonato (Ogier está ausente do evento), vai ser o primeiro a sair para as oito classificativas, algo absolutamente penalizador nos ralis em terra batida. "Não é fácil abrir a estrada", assumiu Evans, mas: "O Kalle [Rovanpera] mostrou, no ano passado, que é possível vencer nessas condições", afirmou.