O presidente do F. C. Porto destacou, esta segunda-feira, os premiados na noite dos Dragões de Ouro e deixou uma garantia quanto a Sérgio Conceição: não será a última vez que o técnico será premiado.
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"Compreenderão que ao fim de 40 anos tenho a noção de que já estarão fartos de me ouvir falar". Foi com humor que Pinto da Costa começou mais um discurso dos Dragões de Ouro. Sem cábulas ou apontamentos, como é hábito, e com a partilha de que as palavras que dedicou a toda a nação portista esta segunda-feira até foram pensadas apenas na noite anterior e até durante a gala. Numa noite com 17 premiados, o líder do F. C. Porto fez questão de saudar cada um deles, de uma tradição que começou em janeiro de 1986. "Lembro-me como se fosse ontem de todos os premiados dessa noite. Evoco-os com saudade e satisfação. Mas vejo o caminho que percorremos até hoje e conseguimos um naipe extraordinário de novos Dragões de Ouro", lembrou, antes de deixar elogios a alguns dos premiados, entre eles o treinador Sérgio Conceição e Otávio.
"O Otávio, a quem os colegas carinhosamente chamam 'Baixinho', é do tamanho da Torre dos Clérigos dentro do campo. Corre o campo todo, tem pilhas que não acabam, disputa o primeiro lance como se fosse último e vice-versa. Tem tudo para continuar a brilhar no futebol português, tudo para continuar a ser um verdadeiro dragão de ouro no F. C. Porto. Quanto ao treinador do ano, obviamente, não podia ser outro que não o Sérgio Conceição. Não é por ser padrinho dele, como disse aqui na brincadeira, porque meus afilhados são todos aqueles que sentem, vivem, vibram e servem o F. C. Porto com dedicação inexcedível como ele. Os que fazem assim, são todos meus afilhados, no bom sentido, e naturalmente que tive muito prazer, como presidente e como amigo, de entregar este quarto Dragão de Ouro da carreira a Sérgio Conceição. Estou crente, e tenho a certeza, que não foi o último, nem sequer o penúltimo", vincou, agradecendo, ainda, a Fernando Gomes.
"Numa época difícil, muito difícil, em que o F. C. Porto repentinamente ficou sem responsável financeiro do clube e da SAD, recorri a um telefonema e convidei-o para almoçar. Nem ele sabia o que o esperava. Fiz-lhe ver a situação difícil que o F. C. Porto atravessava, compreendia que com o seu prestígio e passado político e grande homem do Porto, seria difícil aceitar. Mas depois de lhe explicar o que se passava, respondeu-me apenas: 'se o F. C. Porto precisa de mim e o Jorge Nuno quer, desde já tenha a minha anuência'. E em boa hora. Porque num momento em que atravessámos ainda maiores dificuldades, caíamos no fair-play financeiro, fruto de decisões que não deram o que esperávamos. Teve coragem de enfrentar o problema com muita dificuldade, muito amor ao F. C. Porto e conseguiu na época passada, que saíamos desse flagelo que era o fair-play financeiro sem queda da competitividade desportiva, porque fomos campeões em quase todas as modalidades", acrescentou.
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