O presidente do F. C. Porto, Pinto da Costa, assina, como é habitual, o editorial da edição de outubro da revista Dragões, reconhecendo que, agora, a equipa treinada por Sérgio Conceição está numa "situação melhor" do que em setembro, não deixando de responder aos "papagaios de Lisboa" e de lembrar que os azuis e brancos têm "mais sucesso que os rivais de Lisboa".
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"Há poucas semanas escrevi que nenhum campeonato está ganho ou perdido a 27 jornadas do fim. Hoje poderia repetir a mesma ideia (...) O F. C. Porto está hoje numa situação melhor do que quando publiquei aquelas palavras, porque está mais perto do primeiro lugar do campeonato e em posição de qualificação na Liga dos Campeões, mas a minha confiança nas possibilidades de sucesso não se alterou", começa por escrever o líder portista.
"Um dos sinais mais relevantes para confirmar a boa situação em que estamos é o ódio que a Imprensa de Lisboa e alguns dos seus mais destacados papagaios continuam a dedicar-nos. Quase todos os dias há uma nova teoria estapafúrdia. Umas vezes dizem que o nosso treinador é um arruaceiro, apesar de ser ele a vítima de insultos vergonhosos (...) desprezam a qualidade do nosso guarda-redes (...) um dos nossos avançados é criticado por tudo e por nada - pelos golos que marca ou deixa de marcar, pelas posições que assume ou deixa de assumir no país dele", acrescenta Pinto da Costa, antes de tirar uma conclusão.
"Oxalá estes ataques continuem por muito tempo, porque significam que estamos bem e a causar desconforto em quem ainda tem dificuldade em lidar com o sucesso de um clube que gostavam que fosse apenas de província".
"Não é só esta época que deixa os papagaios de Lisboa tão incomodados. Ganhámos os últimos três troféus nacionais e apresentámos contas com um lucro de mais de 20 milhões de euros. Temos mais sucesso do que os principais rivais apesar de termos investimentos mais contidos e não contarmos com favores da banca ou apoios do Estado. É mais difícil ganhar assim, mas sabe ainda melhor. Queremos continuar a festejar, mesmo que isso implique continuar a levar com as pedras que nos atiram da capital", termina Pinto da Costa.