Pinto da Costa sobre Superliga: "Fui sempre contra, a força do futebol é popular"
A atualidade europeia também foi abordada na entrevista que Pinto da Costa deu esta sexta-feira, dia em que comemora os 39 anos de presidência do F. C. Porto.
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A Superliga europeia, contra a qual se manifestou, foi um dos temas abordados na entrevista. "Esse movimento já tem uns tempos. Começou a falar-se disso quando foi do clube dos presidentes, de que fazia parte, depois na Associação de Clubes, mas pessoalmente fui sempre contra, porque acho que a força do futebol é sempre popular. Qualquer clube tem de ter o direito de poder ganhar, qualquer clube tem de ter o direito de poder participar. A escolha para as provas europeias tem de ser por mérito desportivo, não pode ser por dinheiro", ressalvou.
E continuou: "Se repararem, dos clubes ingleses que estavam lá, nenhum é de ingleses, ou são de americanos, ou de chineses. Aparece um magnata e decide comprar e vai à Europa, isso é desvirtuar o sentido popular do desporto. Acho que todos os clubes devem ter a possibilidade de competir, quem ganha vai às provas europeias. Quem se classifica é que vai e não porque escolho este porque tem muito dinheiro, porque tem um americano que é muito rico, outro porque tem um chinês e outro de outro país qualquer".
Já sobre o facto do primeiro-ministro António Costa ter-se mostrado também contra a Superliga Europeia, Pinto da Costa preferiu não comentar. E atirou: "O primeiro-ministro, e o seu Governo, têm feito tanto mal ao futebol e, nomeadamente, ao F. C. Porto, que ele devia abster-se de falar de futebol".
A desistência dos clubes ingleses, segundo o dirigente portista matou a prova à nascença. "Os acordos que têm entre eles não os conheço, mas se têm contratualmente obrigações de qualquer indemnização é assunto de tribunais entre eles e não têm nada a ver com as provas europeias e o futebol. Agora que esse projeto nunca mais irá para a frente, sobretudo com a posição tomada pelo Governo inglês que levou a que os clubes ingleses mudassem de posição, é um nado-morto", completou.