Pizzi e Carlos Vinícius estiveram, esta quarta-feira, na origem da reviravolta do Benfica na receção ao Sporting de Braga e garantiram a vitória (2-1) que qualificou os encarnados para os quartos de final da Taça de Portugal.
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No reencontro entre dois semifinalistas da época passada, o autogolo do central Ferro colocou os visitantes em vantagem aos 14 minutos, mas a dupla benfiquista deu a volta a texto, com o médio a empatar, aos 18, enquanto o avançado participou no lance que consumou a reviravolta, aos 62, que contou com a ajuda do guarda-redes Tiago Sá, que acabou por introduzir na sua baliza.
Com o triunfo, o Benfica juntou-se a Académico de Viseu, Varzim, Rio Ave, Canelas 2010 e Paços de Ferreira nos quartos de final da prova rainha, cujo alinhamento ficará definido na quinta-feira, com os duelos F. C. Porto - Santa Clara e Famalicão - Mafra.
O guarda-redes Zlobin foi a única novidade num onze que está a ser cada vez mais rotinado e trabalhado por Bruno Lage, desde logo com uma dupla de meio-campo que tem dado frutos, composta por Taarabt e Gabriel, e um Pizzi que está a subir de produção com o decorrer da época.
O criativo marroquino foi o primeiro a tentar desatar o nó, com um remate que saiu ligeiramente ao lado, algo que não iria suceder logo de seguida, na baliza de Zlobin, quando Ferro desviou um cruzamento de Sequeira para a própria baliza e colocou os bracarenses em vantagem.
No entanto, Pizzi voltou a puxar dos galões e, nem cinco minutos volvidos, repôs a igualdade na Luz, com um pontapé fora do alcance de Tiago Sá, dando sequência à temporada mais produtiva da carreira -- 19 golos em 25 partidas oficiais.
Se o clima esteve pouco convidativo para idas à bola, quem se deslocou ao recinto benfiquista não terá dado por mal empregue o tempo em que ali esteve, tendo em conta a qualidade técnica e tática apresentada pelas duas equipas, que colocaram em campo todos os condimentos para um belo jogo de futebol.
Mesmo assumindo uma postura de menor domínio, o Braga conseguiu construir duas excelentes situações para voltar à vantagem, primeiro num livre de Sequeira, que rasou a baliza de Zlobin, e depois num pontapé de Wilson Eduardo, a tentar surpreender o guardião russo.
A dinâmica imprimida pelo Benfica esteve na génese de uma soberana situação para os encarnados, só que, desta feita, o poste minhoto evitou males maiores e rechaçou a tentativa de Chiquinho.
O médio benfiquista reentrou na segunda parte com vontade de assistir Carlos Vinícius, mas, depois de tirar Wallace do caminho, não direcionou da melhor forma o passe para o avançado brasileiro, que já só estava à espera de confirmar a reviravolta encarnada.
O mesmo Vinícius iria perder o duelo com Tiago Sá, pouco depois, valendo a grande intervenção do guarda-redes arsenalista, que, à passagem da hora de jogo, ficou muito mal na fotografia e abriu caminho para a vantagem do Benfica.
Taarabat, absolutamente desaparecido desde o reatamento, emergiu no jogo, rasgou a defesa bracarense com um passe a isolar Carlos Vinícius, que, quase sem ângulo, rematou algo atabalhoado, mas acabou por beneficiar do erro do jovem guardião.
A desvantagem levou Ricardo Sá Pinto a dar maior propensão ofensiva ao Sporting de Braga, tirando o central Wallace e lançando Paulinho, que ficou perto do empate, enquanto Bruno Lage colocou Samaris e desenhou um meio-campo a três, com o grego atrás de Taarabt e Gabriel.
A dificuldade física dos jogadores benfiquistas começava a evidenciar-se, particularmente no marroquino e no luso-brasileiro, mas, mesmo assim, as águias ainda dispuseram de duas situações soberanas para aumentar a vantagem e fechar a partida, por Chiquinho e, depois, por Seferovic e Pizzi, desperdício esse que não teve consequências para o desfecho do duelo.
Veja o resumo do jogo:
https://www.vsports.pt/embd/55905/m/633872/jn/cf4bddc23f183fd59cda66438e9a131f?autostart=false