A permanência do Marítimo, desde há 38 anos de forma ininterrupta na Liga, ou o regresso do renascido Estrela da Amadora, é o que está em jogo no play-off entre os dois históricos do futebol português.
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Com as subidas diretas de Moreirense e Farense, a Liga terá a 18.ª equipa para a edição de 2023/2024 a sair de uma eliminatória entre o 16.º e antepenúltimo do escalão de elite e o terceiro da Liga 2.
A decisão sai do play-off a duas mãos entre Marítimo e Estrela da Amadora, com o primeiro jogo agendado para sábado no Estádio José Gomes, na Amadora (20 horas), e a segunda mão uma semana depois, no Estádio do Marítimo, no Funchal (20.15 horas).
Caso as eliminatórias estejam empatadas no final do tempo regulamentar da segunda mão, haverá lugar a prolongamento de 30 minutos e, se necessário, seguir-se-á um desempate por grandes penalidades.
Para o Marítimo, o play-off é a oportunidade de a equipa se redimir de uma época em que teve a pior pontuação de sempre em 42 participações na Liga, com 26 pontos, resultado de sete vitórias e cinco empates.
Em toda a época, a equipa, que teve três treinadores, Vasco Seabra, João Henriques e, por último, José Gomes, nunca esteve acima da zona perigosa, tendo como melhor classificação o 16.º lugar (de manutenção/promoção), a partir da 21.ª jornada.
Dos insulares, o lateral direito Paulinho já assumiu que o play-off com o Estrela da Amadora representa os jogos de uma vida para o plantel, na medida em que será uma decisão que condicionará o futuro de todos.
O fraquejar do Marítimo deixará a Liga sem representante das ilhas pela primeira vez desde 1985, quando a equipa subiu e tendo em conta que já esta temporada o Santa Clara, representante dos Açores, foi 18.º e último classificado, acabando despromovido.
Já o Estrela da Amadora tem vindo a subir, degrau a degrau, desde a descida ao 'inferno' em 2011, com a sua extinção, por insolvência financeira, num processo que levou a uma fusão posterior com o Sintra Football, que lhe permitiu renascer.
O maior emblema da 'periferia' lisboeta ressurgiu em 2018/2019, com uma ligeira mudança na designação e a competir nos distritais de Lisboa, mas em 2020/2021, fruto da fusão com o Sintra Football, subiu ao Campeonato de Portugal.
A partir daí deu passos sólidos. Logo na estreia rumou à Liga 2, na qual competiu em 2021/2022 (14.º classificado) e 2022/2023 (3.º), nesta última com a oportunidade de ouro de regressar ao convívio entre os grandes.
Para o Estrela da Amadora, que já esta época readquiriu o Estádio José Gomes, um regresso à Liga significa o fim de um 'jejum' de 14 épocas de ausência.