A polícia inglesa ofereceu-se, esta quarta-feira, para ajudar a identificar os adeptos do Chelsea filmados a impedir um homem de raça negra de entrar numa carruagem de metro em Paris, antes do jogo com o Paris Saint-Germain, da Liga dos Campeões de futebol.
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"Vamos ver o vídeo para averiguar se podemos interditar ou impedir as pessoas em situações futuras. Vamos ajudar as autoridades francesas a identificarem os envolvidos e apoiar nas ações que forem tomadas", disse a Scotland Yard, em comunicado.
Os responsáveis acrescentam que levam muito a sério estes acontecimentos e lembram que agentes ingleses estiveram em Paris na terça-feira por ocasião dos incidentes e dentro do protocolo de cooperação que existe em jogos internacionais.
Na terça-feira, poucas horas antes do início do jogo no Parque dos Príncipes, da Liga dos Campeões, um grupo de adeptos do Chelsea barrou a entrada a um negro no metro e entoou cânticos racistas.
"Somos racistas e é assim que gostamos de ser", pode ouvir-se no vídeo captado numa estação de metro e divulgado na internet.
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Um incidente que levou a procuradoria de Paris a abrir uma acusação por "violência voluntária com base na raça".
Entretanto, o Chelsea publicou na sua página oficial uma nota a repudiar a situação, classificando a atitude dos seus adeptos de "comportamento odioso".
"Este tipo de comportamento é odioso e não tem lugar no futebol nem na sociedade. Apoiaremos qualquer ação legal contra os envolvidos neste incidente e tomaremos as decisões mais pesadas possíveis", prometeu o clube londrino.
Também a Federação Inglesa de Futebol (FA) reagiu, condenando aquilo que considera ter sido "uma conduta vergonhosa que constitui um ofensa criminal" e "cujos autores devem ser punidos severamente".