Segurança Superintendente da PSP Luís Ribeiro teme que os apoiantes da equipa africana causem incidentes.
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As autoridades portuguesas estão preocupadas com eventuais problemas de ordem pública no jogo entre a seleção das quinas e Marrocos, que se realiza depois de amanhã, no Estádio Al Thumama. "É o primeiro momento de apreensão desde que chegámos ao Catar. Estamos preocupados essencialmente com o que se pode passar depois do jogo, pois, normalmente, os adeptos marroquinos agem em função do resultado, como se verificou, aliás, por toda a Europa nos últimos dias", afirmou ao JN o superintendente da PSP Luís Ribeiro. O risco de confrontos é real.
"É uma partida que merece a nossa reflexão e há fatores de risco que vamos ter de avaliar de outra forma. Não há separação de adeptos, tudo tem sido visto num contexto de festa. Se Marrocos perder ou noutro cenário, há o risco de haver incidentes, que podem passar por confrontos físicos. Teremos de estar atentos a pontos de passagens e a todos os locais onde estejam cidadãos portugueses", sublinhou.
Desde que a competição arrancou, os adeptos do país do Norte de África foram os primeiros a causar preocupação à Polícia catari. "Na noite de segunda para terça-feira, houve alguma tensão, tratou-se de um episódio relacionado com o número de bilhetes disponíveis. Durante a noite, um marroquino foi detido e, além disso, houve alguma perturbação nos transportes e registou-se muito ruído. Por isso, vai implicar da nossa parte abordagens um pouco diferentes das que estávamos a fazer até agora", explica Luís Ribeiro. As pessoas de Marrocos concentram-se habitualmente em Souq Waqif, um mercado tradicional no centro de Doha: "Os portugueses vão menos ao local, estão espalhados pela cidade".
Português detido
Um cidadão nacional foi detido durante o duelo com a Suíça, devido a comportamento impróprio, mas acabou por ser libertado no final dos 90 minutos. À partida, não poderá assistir ao vivo a mais jogos.
Na restante competição, o balanço em matéria de segurança é "extremamente positivo". "Tem sido um evento muito seguro. No que diz respeito aos portugueses, não houve problemas relevantes. A única intervenção foi a de uma pessoa que perdeu os documentos, tendo sido encaminhada para o centro de resoluções. Quase de certeza que os documentos reapareceram", vinca.