Portugal soma e segue na fase de qualificação para o Mundial, fruto da segunda vitória em dois jogos, mas esta terça-feira foi obrigado a suar, em Budapeste, frente à Hungria, para conquistar os três pontos.
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A quatro minutos do fim, um momento de brilho de João Cancelo, com um remate colocado à entrada da área, permitiu à equipa das quinas voltar à vantagem (na altura, estava 2-2), que não mais largou até ao fim. O lateral do Al Hilal salvou a equipa das quinas e, também, Roberto Martínez, face às escolhas no onze.
Apesar de contar com Gonçalo Inácio, António Silva e Renato Veiga, optou pelo médio Ruben Neves para jogar ao lado de Ruben Dias, no eixo da defesa, decisão que quase teve custos. O segundo golo da Hungria, da autoria de Varga, sucedeu nas costas de Neves que, com menos altura, não conseguiu impedir o avançado do Ferencvaros. O objetivo da sua utilização como central era o de permitir uma boa circulação de bola desde a grande área, mas o espanhol esqueceu-se de que os húngaros são possantes fisicamente.
À semelhança da larga maioria dos últimos jogos, Portugal teve mais posse de bola e mais remates, mas, ao contrário da partida com a Arménia, mostrou-se bem menos criativo no ataque. Além disso, não teve a sorte do jogo: no primeiro remate magiar à baliza de Diogo Costa, houve golo. Sem marcação e com apenas Vitinha por perto, Varga cabeceou como quis. Apesar do soco na barriga, a seleção lusa reagiu rapidamente e dispôs de várias oportunidades, uma flagrante de Ronaldo, mas foi Bernardo que encontrou o caminho do golo.
Com o objetivo de dificultar a tarefa ao adversário, os portugueses mudaram de posição durante os 90 minutos, uma estratégia com custos e benefícios. Aos 57 minutos, Ronaldo "ganhou" um penálti, após uma bola que bateu no braço de Négo, e o próprio capitão concretizou. Frente ao 38.° do ranking da FIFA, tudo parecia estar decidido, mas não... Apercebendo-se que o terceiro golo não chegava e que os húngaros ameaçavam, apesar das suas evidentes limitações técnicas, Martínez fez entrar João Palhinha, que ainda teve tempo de assistir, no relvado, ao bis de Varga. A seguir, a história já é conhecida, Cancelo desatou um nó que seria muito difícil de Martínez explicar.