Seleção nacional perde com Países Baixos e diz adeus ao Europeu. "Quinas" não somaram qualquer ponto.
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Faltou eficácia, essencialmente na primeira parte, e mais do que isso. Acabou por faltar aquela sorte quase milagrosa, mas ao mesmo tempo repleta de mérito, que Portugal já teve em tantas ocasiões. Ontem, as "Quinas" disseram adeus ao Europeu 2022, depois de perderem frente aos Países Baixos (32-31), numa competição que a seleção lusa enfrentou com muita alma e coração, mas onde não conseguiu vingar muito por culpa do enorme leque de ausências.
Portugal sabia ao que ia. O jogo era de tudo ou nada e só um triunfo por dois golos de diferença serviria como passaporte para a "main round". E talvez por isso, pela necessidade de vencer por uma margem pré-estabelecida, as "Quinas" acabaram por acusar a pressão. Ao intervalo, a vantagem era mais que confortável para os neerlandeses (17-13) e só a magnífica exibição de Gustavo Capdeville impediu que os números fossem ainda mais folgados.
O descanso funcionou de forma perfeita e com a mira recalibrada, Portugal galopou rumo à recuperação. Só que a um minuto do apito final, Gilberto Duarte recebeu suspensão de dois minutos e Diogo Branquinho, isolado, acertou no poste. Aquele que poderia ser o golo da esperança, acabou por se revelar o remate do adeus, após três derrotas em outros tantos jogos.
"Eu assumo o erro enquanto treinador"
"É um sentimento de amargura. Devíamos ter feito um pouco mais. Tivemos a oportunidade à nossa frente e não fomos capazes. Fomos indisciplinados no jogo, tentámos seguir o plano, mas depois fomos impacientes... dois passes, finalização. Em alguns lances acho que podíamos ter feito melhor. Em termos defensivos sabíamos muito bem onde teríamos problemas. Na segunda parte melhorámos muito. Eu assumo o erro enquanto treinador, provavelmente não preparámos bem o jogo. Não seriam estas as soluções. O treinador tem que assumir quando as coisas correm mal", disse Paulo Jorge Pereira, selecionador nacional, em reação ao jogo.