Noel le Graet foi suspenso por tempo indeterminado na sequência de uma polémica sobre assédio sexual e de declarações acerca de Zidane
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Noel le Graet foi suspenso da presidência da Federação Francesa de Futebol (FFF), cargo que ocupava desde junho de 2011. A decisão entrou em vigor com efeito imediato e por tempo indeterminado, após uma reunião do Comité Executivo do organismo que decorreu durante a manhã de quarta-feira.
Segundo a Rádio Monte Carlo, o vice-presidente Philippe Diallo assumirá interinamente o cargo até ser conhecido o resultado da auditoria interna que vai analisar as suspeitas de assédio sexual que pendem sobre Le Graet e que pode determinar o afastamento definitivo do dirigente.
A juntar às polémicas relacionadas com assédio sexual, o processo de renovação do selecionador Didier Deschamps, que Le Graet decidiu de forma unilateral, e declarações infelizes sobre Zinedine Zidane fragilizaram ainda mais a posição do dirigente perante o Comité Executivo, composto, entre outros, por Jean-Michel Aulas, presidente do Lyon, e Vincent Labrune, presidente da Liga Profissional Francesa.
Noel le Graet estava a um ano de terminar o quarto mandato como líder da FFF, mas nos últimos tempos viu-se envolvido numa série de polémicas, uma das quais relacionada com uma acusação de assédio sexual feita pela empresária francesa de jogadores, Sonia Souid, que relatou numa entrevista ao canal BFM TV um encontro "humilhante" com Le Graet em 2014, tendo denunciado as mensagens que recebeu ao longo de quatro anos.
Sobre Zidane, Graet disse que não se importava de o ver como selecionador do Brasil e que, caso o ex-futebolista lhe telefonasse, nem lhe atenderia o telefone. "Se ele vai para o Brasil? Não me faz diferença, não tenho nada a ver com isso. Se ele me tentou ligar para suceder a Deschamps? Não. Eu nem lhe atenderia a chamada", disse.