Presidente do Vila Caiz denuncia caso de racismo na A. F. Porto

“Um jogador do Gandra passou o jogo todo a chamar 'preto' e 'macaco' a um jogador da nossa equipa. Isso aconteceu várias vezes, até que, o nosso atleta, cheio com o que se passava, foi falar com o árbitro assistente e depois com o principal, a dizer que estava a ser vítima de racismo. Posto isto, o árbitro disse que ia ficar atento", começou por dizer José Ribeiro, presidente do Vila Caiz, ao JN. 

Conforme é relatado, o visado, Lula Camará, não mostrou disposição para continuar em campo. "Ele falou com o diretor-desportivo, disse que não conseguia mais ouvir os insultos e pediu para sair do terreno do jogo. Teve a frieza de não cometer nenhuma loucura e saiu", realça José Ribeiro. 

O presidente do Vila Caiz acrescenta que no final do encontro foi ter com o atleta e encontrou alguém "infeliz e "cabisbaixo". "É inadmissível, no século XXI, a poucos meses da celebração dos 50 anos da Democracia portuguesa, haver pessoas que invadem a liberdade dos outros”, concluiu.

Contactado pelo JN, José Manuel Neves, presidente da A. F. Porto, detalha quais são os procedimentos a seguir em casos deste género. "Temos o relatório do árbitro, mas falta o da força policial. Quando tivermos estes dois, compilado com o relatório do presidente do Vila Caiz, remetemos aos órgãos de disciplina próprios para que seja esclarecida a situação", partilhou.

Quanto ao caso, José Manuel Neves considera que "a ter existido" os "comportamentos desta natureza são repudiáveis". "A Associação de Futebol do Porto fará tudo o que tiver ao seu alcance para acabar com este tipo de comportamentos e ficará atenta àquilo que sair dos órgãos de Disciplina para agir em conformidade”, terminou.

O JN procurou contactar o Aliança da Gandra, mas sem sucesso.