Tondela, Boavista e Santa Clara são o que separa a equipa de Sérgio Conceição do registo do Benfica de John Mortimore, de 56 jogos seguidos sem perder na Liga, que resiste há quase 45 anos.
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John Mortimore não ficou na história do futebol português só pela conquista de dois campeonatos, três Taças de Portugal e uma Supertaça, mas também porque, entre 1976 e 1978, estabeleceu um recorde que parecia condenado a eternizar-se. Nesse período, o Benfica esteve 56 jogos seguidos sem perder para o campeonato e o registo foi resistindo a outras superequipas, mantendo-se até agora, cerca de 45 anos depois. Mas eis o F. C. Porto de Sérgio Conceição, que continua imparável na Liga e que ameaça destronar as águias de Mortimore desse pedestal.
Com a vitória em Paços de Ferreira, os dragões alargaram a série de jogos consecutivos sem derrotas na Liga para 53, o que, no que à invencibilidade diz respeito, já é o segundo melhor registo de sempre dos azuis e brancos. Ou seja, para fazer história no futebol português, este F. C. Porto tem, primeiro, que olhar para dentro e tornar-se na equipa do clube que mais jogos esteve sem ser derrotada no campeonato. Para igualar o registo conseguido entre 2010 e 2012, e dividido entre André Villas-Boas e Vítor Pereira, Sérgio Conceição e companhia precisam de ganhar ou empatar com Tondela (casa) e Boavista (fora).
Só assim será possível chegar à 28.ª jornada, na receção ao Santa Clara, em condições de igualar o feito de John Mortimore, sendo que outro resultado positivo reservará o Estádio D. Afonso Henriques como o palco onde se poderá fazer história no futebol português. Se não perderem em nenhuma das próximas quatro jornadas na Liga, os dragões de Sérgio Conceição chegarão aos 57 jogos imbatíveis e tornar-se-ão na equipa que mais jogos seguidos esteve sem perder.
A figura
Matheus Costa, defesa do Marítimo Frente ao Moreirense, marcou pela quarta vez no campeonato e tornou-se no terceiro melhor marcador dos insulares. Este golo valeu três pontos que promovem o Marítimo ao sétimo lugar da Liga.
O caso
Porozo cortou a bola com o braço e VAR alertou bem o juiz
Boavista-Braga, 1-1
36 minutos
Paulo Pereira (ex-árbitro): "Parece um movimento instintivo, mas a verdade é que o Porozo vai com o cotovelo à bola, sendo evidente que ele alarga o ângulo do braço. No momento do remate, o braço está numa posição diferente e depois nota-se o tal movimento. Nas imagens, é por demais evidente e não há forma de dizer que não há motivo para grande penalidade. O árbitro até está bem enquadrado, mas o lance é rápido e o Porozo acaba por colocar o braço atrás das costas, o que pode ter induzido em erro Manuel Oliveira. Ainda bem que havia videoárbitro, porque o penálti é bem assinalado".