No ciclismo, o esforço, dedicação e sofrimento não são apenas qualidades dos que conquistam as vitórias nos finais de etapa. Numa jornada tão dura como foi a desta sexta-feira, no Grande Prémio Douro Internacional, chegar ao fim da jornada já tem um grande sabor a êxito.
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Assim foi com Santiago Mesa, ciclista colombiano da ABTF-Feirense, que pelas características de sprinter sente mais dificuldades nas etapas de montanha. Esta sexta-feira, o sul-americano foi o último a cortar a linha de meta, mais de 37 minutos depois do vencedor da etapa, e ainda a recuperar o fôlego partilhou com o JN as sensações vividas.
"Para sprinters como eu, que somos mais pesados, é sempre muito difícil passar na montanha. É uma questão de sobreviver e dar tudo para chegar dentro do tempo limite para evitar a desclassificação", partilhou com o JN, ao lado da cerimónia de pódio que já estava a terminar.
Santiago reconhece que nestas jornadas montanhosas a sensação vivida é de "sofrimento puro", mas reconhece que também são estes dias que tornam o corpo mais resistente e preparado para outros momentos. "Na montanha não me importo de ser o último, porque sei que vou ficar mais forte para disputar as outras etapas de sprint, onde só penso em chegar em primeiro".
O corredor da ABTF-Feirense está no 68.º lugar numa classificação geral com 76 ciclistas, mas garante que vai dar tudo para "chegar ao fim da prova". "Tenho uma enorme ajuda dos companheiros e da equipa para chegar dentro do controlo do tempo é uma sobrevivência diária que sabe a vitória", descreveu.