Carlos Queiroz está "bastante satisfeito" com a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto de aceitar o pedido de efeito suspensivo do castigo aplicado pela Autoridade Antidopagem de Portugal.
Corpo do artigo
Carlos Queiroz “ficou satisfeito com esta decisão. Estamos ambos bastante satisfeitos com a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS)", afirmou à Agência Lusa Rui Patrício, advogado do ex-seleccionador de futebol.
De acordo com o advogado, o TAS aplicou a jurisprudência habitual nestes casos, analisando dois factores: se há uma probabilidade de quem recorre de vencer o recurso e se o facto de a suspensão imediata por seis meses poder causar um prejuízo irreparável a quem recorre.
O advogado sublinhou que o TAS entendeu "que há essa probabilidade" de Queiroz ganhar o recurso e que a suspensão imediata "causava" um "prejuízo irreparável", pelo que, "com as duas razões conjugadas, decidiu suspender a suspensão enquanto o recurso estiver pendente".
Quinta-feira, o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou a anulação da suspensão por um mês que o Conselho de Disciplina tinha aplicado a Queiroz, ao considerar o processo prescrito por lhe ter dado um novo enquadramento legal, inserindo a acção do ex-seleccionador na categoria das "infracções leves".
Deste modo, Carlos Queiroz não é de momento alvo de qualquer suspensão, pelo que "pode trabalhar livremente", afirmou o advogado.
O processo da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) prossegue, no entanto, em análise no TAS, que irá tomar uma decisão final sobre se mantém ou revoga a decisão de suspender Queiroz por meio ano, o que "ainda poderá demorar alguns meses", de acordo com Rui Patrício.
A ADoP anunciou a 30 de Agosto a suspensão de Carlos Queiroz por seis meses, por considerar que o seleccionador nacional tinha perturbado a acção de uma brigada do organismo que efectuou um controlo antidoping à selecção a 16 de Maio, durante o estágio para o Mundial realizado na Covilhã.