Segundo o jornal "Expresso", o despacho sobre a venda dos terrenos ao F. C. Porto foi assinado antes da obrigatória votação na Assembleia Municipal. Vereador da oposição avança para tribunal, exigindo a anulação, com André Villas-Boas atento aos próximos acontecimentos.
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O negócio da academia da Maia do F. C. Porto pode cair por uma irregularidade, devido ao despacho sobre a venda dos terrenos ao clube azul e branco. Quem está por trás das acusações é o vereador do Partido Socialista da Câmara Municipal da Maia, Francisco Vieira de Carvalho, que pede a invalidação do processo de hasta publica e avança para tribunal.
A notícia é avançada pelo jornal "Expresso", segundo a qual o presidente da Câmara da Maia assinou o despacho para publicação em Diário da República sobre a venda dos terrenos ao F. C. Porto antes da obrigatória votação na Assembleia Municipal.
Em conversa com o referido jornal, o vereador Francisco Vieira de Carvalho revela existir "falsificação de documentos", o que poderá anular todo o processo.
“O que eu concluo é que o processo de hasta pública foi enviado para publicação em Diário da República antes da deliberação, que era obrigatória, da Assembleia [Municipal]. Isto representa, por lei, um ato administrativo nulo, é ilegal, pelo que a mesma [hasta] terá de ser já anulada”, declarou o vereador ao jornal.
O presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, afirmou "desconhecer" as suspeitas, enquanto a SAD, ainda presidida por Pinto da Costa, afirmou que, "para já, não pretende reagir" e a direção do clube, já liderada por André Villas-Boas, garante que "vai acompanhar com atenção o assunto".
Em caso de anulação do projeto encabeçado pela SAD cessante, pode ganhar força a construção do Centro de Alto Rendimento defendido por André Villas-Boas, no Olival, em Vila Nova de Gaia, junto às instalações que o clube já utiliza.
A futura academia do F. C. Porto, na cidade da Maia, uma obra (projetada pelo arquiteto Manuel Salgado e adjudicada à construtora Alexandre Barbosa Borges) tem um custo total de 40 milhões de euros e recebeu luz verde no dia 27 de março.