Do presidente da Federação Alemã de Futebol, ao presidente da UEFA e ao treinador José Mourinho. O mundo do futebol está em choque com a notícia.
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"Estamos muitos tristes e as nossas condolências vão para a mulher a família de Robert Enke", disse o presidente da Federação Alemã de Futebol, Theo Zwanziger, em comunicado de imprensa.
O director desportivo da selecção nacional alemã, Oliver Bierhoff, afirmou também que os jogadores, toda equipa técnica e restantes funcionários "estão chocados, sem palavras", e anunciou o cancelamento do treino de hoje, quarta-feira, em Bona, admitindo ainda que o jogo particular contra o Chile, no sábado, em Colónia, está em dúvida.
Frank Beckenbauer, destacada figura do futebol germânico, afirmou sentir-se "imensamente triste" e disse que "quando se recebe uma notícia destas, todos os outros problemas parecem muito pequeninos".
Igualmente, o presidente da UEFA, Michel Platini, manifestou-se "profundamente triste e chocado" com a morte do guarda-redes internacional alemão Robert Enke.
Numa carta dirigida ao presidente da federação alemã de futebol, Platini escreveu: "Num momento destes é impossível encontrar as palavras justas. Estamos profundamente tristes e em choque. Os meus pensamentos vão para a família e seus companheiros".
José Mourinho manifestou-se também "chocado" e "muito abalado" com a morte do alemão Robert Enke, que foi o seu primeiro guarda-redes enquanto treinador principal de futebol, no Benfica, no final do ano 2000.
"Estou chocado. Foi uma notícia completamente inesperada, que me deixou muito abalado", disse à Agência Lusa o treinador do Inter de Milão, que orientou Enke durante cerca de três meses, na sua curta passagem pelo Benfica, onde se estreou como técnico principal.
Mourinho lembrou que Enke foi o seu "primeiro guarda-redes". "Recordo dele a serenidade, a simpatia, a educação, o profissionalismo, as suas preocupações de carácter social e não só".
O técnico tem na memória "o gesto que teve quando decidiu construir um canil em sua casa para recolher os cães abandonados na rua".
"Era um homem com ambição de singrar na vida e na carreira e, por tudo isto, a sua morte trágica deixa-me ainda mais chocado. Que descanse em paz", acrescentou.
O antigo treinador do Benfica Toni confessa que quando "leu a notícia da morte de Enke na internet" e pensou que "fosse outro" porque não imaginou que pudesse ser Robert, o ex-guarda-redes "encarnado".
Quando se apercebeu da realidade, diz ter sido invadido por uma "sensação de tristeza e consternação".
Também Toni, que dirigiu Robert Enke na época 2000/01 destaca "a sensibilidade” que Enke tinha “em relação aos animais abandonados".
"Ele tinha quase um canil em casa porque não resistia quando via um cão abandonado ou esfomeado e recolhia-o", revelou Toni, para quem estes gestos eram expressão da sua extrema sensibilidade.
Numa nota distribuída pela sua assessoria de imprensa, o avançado Hugo Almeida, jogador dos alemães do Werder Bremen, mostrou-se "bastante chocado" com a morte de Robert Enke, classificando-a como "uma perda para a equipa [Hannover 96] e para todo o futebol internacional".
"Era um grande guarda-redes", disse Hugo Almeida, lembrando que conhecia Enke dos jogos em que se defrontaram para a liga alemã.