O Real Madrid caiu com estrondo, frente ao Arsenal (0-3), na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, mas, ainda assim, os merengues acreditam na passagem, na segunda mão, agendado para dia 16. Só há um senão: a última vez que recuperou de uma desvantagem de três golos na UEFA aconteceu há 39 anos.
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O planeta merengue entrou em choque na terça-feira à noite e o treinador Carlo Ancelotti pede uma reviravolta à antiga. "Temos de acreditar e acreditamos que algo mágico pode acontecer, em Madrid. Tudo pode acontecer e a prova disso é que Declan Rice, do Arsenal, fez dois golos de livre direto, o que nunca tinha acontecido na sua carreira". Lucas Vazquéz foi ainda mais longe no otimismo. "Se há alguma equipa no Mundo que pode dar a volta é o Real Madrid. Os nossos adeptos vão estar connosco".
De regresso ao seu país, Jude Bellingham foi corrosivo. "Tivemos sorte em sofrer apenas três golos. Para ser honesto, não há desculpas, só podemos queixar-nos de nós próprios. Este cenário é parecido com o que tem sucedido nesta temporada, mas com o Arsenal foi numa escala maior", criticou.
Atual campeão europeu, a atuação do Real Madrid em Londres foi devastada pela crítica e o jornal espanhol "Marca" falou em displicência. "Chamou à atenção dos dirigentes e da equipa técnica do clube que os seus jogadores correram menos 10 quilómetros do que o Arsenal e menos 20 do que o outro jogo de terça-feira, entre o Bayern e o Inter de Milão". Por seu lado, o "Mundo Deportivo" falou em "debacle blanco" no Emirates.
A fé faz acreditar o Real Madrid que é possível mas a estatistíca... nem por isso. A última vez que virou uma desvantagem de três golos sucedeu em 1985/86: depois de perder por na Alemanha, por 5-1, com o Borussia Moenchenglabdach, venceram no Santigao Bernabeu, por 4-0.