Treinadora neerlandesa é a primeira a jogar cinco finais internacionais consecutivas e amanhã pode conquistar o terceiro título europeu.
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Sarina Wiegman iniciou o Campeonato da Europa com uma série de recordes à mercê, todos grandes o suficiente para a elevar a um patamar ainda mais alto no futebol feminino. Entretanto, concretizou a maioria. Primeiro, passou a ser o treinador ou treinadora com mais vitórias na competição (15 em 17 jogos); depois, ascendeu ao topo da lista de selecionadores com mais jogos em fases finais; por último, fez o que ninguém havia conseguido, incluindo aqui o futebol masculino, e amanhã (17 horas) será a primeira a disputar cinco finais seguidas juntando Europeus e Mundiais. A neerlandesa, de 55 anos, precisa que a Inglaterra derrote a Espanha para fazer ainda mais história.
As 13 edições anteriores do Europeu coroaram sete treinadores e Wiegman faz parte dessa lista honorária desde 2017, quando conduziu os Países Baixos ao título. Na edição seguinte, cinco anos depois devido à Covid-19, voltou a ser campeã, desta vez à frente da seleção inglesa, que, tal como a congénere neerlandesa antes, até então não havia vencido qualquer troféu relevante. No histórico dos campeões, só um treinador (Gero Bisanz) e outra treinadora (Tina Theune) arrecadaram três troféus, ambos pela Alemanha – a grande dominadora da competição, com oito títulos, seis deles consecutivos, entre 1995 e 2013 –, pelo que um triunfo amanhã, em Basileia, juntará Wiegman a esse grupo, com a particularidade de, neste caso, os títulos serem alcançados consecutivamente, igualando o feito de Tina Theune. A separar as três finais europeias estão duas finais em Campeonatos do Mundo com desfecho amargos, já que quer com os Países Baixos, em 2019, quer com a Inglaterra, em 2023, Sarina Wiegman saiu derrotada, pelos Estados Unidos e pela a mesma Espanha que agora terá pela frente na Suíça.
A ‘La Roja’, que procura vingar a eliminação nos quartos de final em 2023, é então o que separa Wiegman de mais uma proeza, confirmando-se como a principal candidata a tirar o estatuto de campeã da Europa à Inglaterra. Com Aitana Bonmatí restabelecida de uma meningite e Alexia Putellas em grande forma (quatro golos e quatro assistências), a Espanha procura juntar o título continental ao mundial, o que fará de Montse Tomé a oitava integrante da lista de selecionadores campeões da Europa. Silvia Neid, Even Pellerud, Erling Hokstad e Ulf Lyfors também lá estão.