Roberto Martínez sobre a crítica: "Vou ser muito honesto. Não vejo, nem leio nada"
Roberto Martínez considerou que a exibição em Copenhaga foi fraca, mas, apesar deste contratempo, acredita numa reviravolta. O espanhol disse, ainda, que a crítica faz parte e olhou para o cômputo geral: "Não é possível ganhar todos os jogos. O balanço terá de ser feito em 27 jogos e não em 90 minutos", afirmou.
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.Portugal vai jogar o tudo ou nada frente à Dinamarca, no estádio de Alvalade, este domingo, às 19.45 horas, num duelo em que somente um triunfo permitirá às quinas amarrar o bilhete de acesso à final four da Liga das Nações. Nesse sentido, Roberto Martínez lançou um apelo a todos os adeptos portugueses.
"A nossa exibição contra a Dinamarca foi má, mas contra uma equipa forte, que jogou bem. Gosto muito dos conceitos deles. Fizeram um bom desempenho. Depois, o segundo jogo é em casa, por quê? Não houve sorteio, mas ficámos em primeiro no nosso grupo. Então precisamos de avaliar o que andam a fazer estes jogadores. Vamos jogar em Alvalade, num estádio esgotado, que gostamos. Utilizar os nossos adeptos é uma vantagem incrível. Precisamos de ajustar muito. Na Dinamarca não mostrámos a nossa identidade, não tivemos a mesma intensidade e não acompanhámos a agressividade da Dinamarca. Queremos atingir a Final Four", começou por dizer o selecionador nacional, referindo, seguidamente, que não sente pressão.
"Comecei a treinar em 2007. Perdi o cabelo, mudaram muitas coisas, mas faz parte da minha posição. Tenho mais de 100 jogos internacionais e quero o melhor para os nossos jogadores e Portugal. A minha pressão está no interior. O nosso desempenho não foi o melhor e eu coloco pressão máxima. Somos uma equipa fechada e na Federação temos o apoio de todos", comentou, analisando o papel de Cristiano Ronaldo no ataque e de um possível companheiro para dividir tarefas na frente.
"As nossas equipas são flexíveis taticamente. Nós precisamos de utilizar as nossas valências tendo em conta o adversário. Se o Cristiano marca é porque é o mais importante, mas se não marca já é por causa da idade. Não é uma avaliação justa", acrescentou, não alimentando as críticas externas.
"Vou ser muito honesto: não vejo, nem leio nada. O meu trabalho é de preparar os jogadores em 72 horas. A crítica faz parte. Vou trabalhar ao máximo para atingir a Final Four. Preciso de avaliar a atitude e o compromisso que são máximos nesta seleção. O objetivo, neste momento, é tentarmos o apuramento para a Final Four".
O selecionador nacional traçou, ainda, as diferenças entre atitude a agressividade: "Totalmente diferente. A atitude é uma componente emocional e os nossos jogadores dão tudo. Entre novembro e agora, há uma falta de comunicação e o jogo com a Dinamarca fez um jogo muito rápido e nós não tivemos agressividade para acompanhar. Agora, temos a oportunidade de melhorar o desempenho e fazer os portugueses orgulhosos", considerou, enumerando os ingredientes para uma reviravolta.
"Amanhã, é importante mostrar a nossa identidade e chegar ao último terço. Há muitos aspetos para ajustar", elucidou, assegurando que a perfeição e o futebol não casam: "No nosso apuramento para o Europeu, tivemos 10 vitórias consecutivas, tivemos o melhor jogo com a França nos quartos de final do Europeu. A equipa está sempre preparada para dar tudo e queremos chegar à final four. No futebol de seleções, não é possível ganhar todos os jogos. O balanço terá de ser feito em 27 jogos e não em 90 minutos", rematou.