Treinador alemão assumiu o comando da equipa há precisamente um ano, e está perto de chegar ao primeiro título.
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Roger Schmidt foi o técnico escolhido pelo presidente Rui Costa para comandar os destinos da equipa encarnada no início da época, depois de o Benfica ter falhado o objetivo de conquistar o campeonato nacional por três épocas seguidas.
Na sequência da saída de Nélson Veríssimo da liderança da equipa, que assumiu depois da demissão de Jorge Jesus do cargo, a meio da época desportiva, a administração do clube procurava um treinador que pudesse inverter o rumo dos acontecimentos, e apresentar uma nova perspetiva a um grupo de trabalho desgastado pelo insucesso das temporadas anteriores.
A aposta recaiu em Roger Schmidt, técnico alemão de 55 anos (agora com 56 anos) que contava com passagens por Paderborn, Red Bull Salzburgo, Bayer Leverkusen, Beijing Guoan e e PSV Eindhoven, tendo conquistado uma liga e uma taça austríacas, uma taça chinesa, e uma taça e uma supertaça neerlandesa, em 11 épocas como treinador principal.
O palmarés não era impressionante, mas o serviço apresentado ao PSV Eindhoven, clube que levou ao segundo lugar da Eredivise, nas duas épocas em que esteve ao comando da equipa, apenas batido por um Ajax recheado de talento (Lisandro Martínez, Ryan Gravenberch, Antony e David Neres eram alguns dos membros do plantel), orientado por Erik ten Hag, atualmente treinador do Manchester United, levou Rui Costa a apostar no alemão para tentar levar as águias de volta ao bom futebol, e aos títulos.
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Com a chegada de Schmidt à Luz, iniciou-se uma verdadeira revolução do plantel, com várias saídas de jogadores importantes para a equipa na temporada passada, como Pizzi, Taarabt, Seferovic, Weigl, Vertonghen, Gabriel, entre outros, e a chegada de David Neres, Alexander Bah, Enzo Fernández, Fredrik Aursnes, Musa, juntamente com a integração de Florentino Luís, Chiquinho e António Silva no plantel.
Durante a temporada, a nova face do Benfica, competente e intenso em todas as fases do jogo, em contraste com a inércia e falta de soluções apresentadas na temporada anterior, foi a prova de que a aposta de Rui Costa não poderia ter sido mais acertada. A saída de Enzo Fernández, motor da equipa na primeira metade da época, trouxe alguma instabilidade ao conjunto, mas, apesar da perda do médio argentino, o Benfica manteve-se competitivo, e, à entrada para a última jornada do Liga Portuguesa, os encarnados apenas precisam de um empate (salvo um cenário improvável em que o F C. Porto ultrapassa uma desvantagem no diferencial entre golos marcados e sofridos para as águias de 11 tentos, no jogo frente ao Vitória de Guimarães) ou de uma vitória, para se sagrarem campeões, mesmo que os dragões vençam os conquistadores.
Um título de campeão nacional, na primeira época no comando da equipa, será um belo cartão de apresentação de Roger Schmidt, que, devido às prestações positivas do conjunto nas competições nacionais e europeias (primeiro lugar no campeonato e presença nos quartos de final da Liga dos Campeões), viu a SAD benfiquista oferecer-lhe uma proposta de renovação de contrato, até 2026, vínculo assinado ainda no decurso da época desportiva.