
Rui Borges durante o jogo com o Alverca, em Alvalade
Foto: AFP
O treinador do Sporting, Rui Borges, admitiu que a entrada de Ioannidis e o recuo de Pedro Gonçalves para o meio-campo foram as chaves do triunfo leonino frente ao Alverca, elogiando o grande golo que Pote marcou em Alvalade. Custódio Castro, técnico do Alverca encontrou na menor experiência da equipa a justificação para a terceira derrota consecutiva no campeonato.
"Estava à espera de encontrar dificuldades. O Alverca jogou muito baixo, em certos momentos, com linha de cinco ou de seis. Tínhamos de ter alguma inspiração, reação à perda e não deixar ligar. Mas fomos competitivos, competentes e criámos várias oportunidades de golo na primeira parte e deixámos o jogo entrar num modo que agradava mais ao Alverca", referiu Rui Borges.
"Entrámos bem na segunda parte e o objetivo era marcar cedo para abrir mais o jogo. O Alverca não criou nada, além de umas transições. Decidimos recuar o Pote, que tem mais capacidade de decisão do que o miúdo, o João Simões, e deu certo. Desbloqueámos de bola parada e, num momento de inspiração, o Pote fez o 2-0. Fizemos um jogo competente e o resultado é justíssimo", acrescentou o treinador, antes de ser questionado sobre a aposta em Ioannidis e Quenda, momento em que Pedro Gonçalves passou a fazer dupla de meio-campo com Hjulmand.
"Penso que esse momento é chave, porque o Fotis [Ioannidis] acaba por fazer golo. Tem outras características em relação ao Luís [Suárez], mas ainda estava um bocado amassado do jogo de terça-feira. O Pote também marcou por estar numa posição mais recuada. Podia ter desbloqueado com assistência ou golo e isso aconteceu", explicou.
Sem conhecer a gravidade da lesão de Fresneda, Rui Borges deu pouca importância ao facto de ter igualado, à condição, o F. C. Porto no topo do campeonato - "só controlo a minha equipa" - e admitiu que a mudança de treinador na Juventus, próximo adversário do Sporting na Champions, complica o planeamento da viagem a Turim.
"O trabalho é mais difícil, devido ao treinador novo e só vamos ter um jogo para analisar. Vão ter energia, compromisso e entrega diferentse. E não vamos ter muito tempo para estudar a parte estratégica", assumiu.
Custódio: "Precisamos da cidade connosco"
Já Custódio Castro, técnico do Alverca, admitiu que foi difícil controlar a qualidade do adversário: "Queríamos um Alverca competitivo, com uma estratégia para o jogo frente ao Sporting, no seu estádio. Sabíamos que eles iam ter dupla largura à direita e tínhamos de defender o jogo interior. É difícil controlar tudo isso, mas tentámos dar resposta e tentar perceber o que se passa no campo. É muito importante que a cidade esteja connosco, que nos apoiem e que compreendam o que esta equipa está a passar", solicitou.
"Sofremos o 1-0 de bola parada e o segundo golo é de um jogador com uma capacidade incrível. São estes pormenores que os nossos jogadores têm de conhecer. Sentimos um bocadinho de falta de velocidade na frente. Temos quatro extremos lesionados e tivemos de ir à procura de soluções. Olho sempre para o futuro com confiança", acrescentou.

