Rui Borges: "No ano passado não tínhamos soluções e fomos campeões com miúdos da equipa B"
Rui Borges, treinador do Sporting, fez o lançamento do jogo frente ao Famalicão. Explicou a situação de Jota, St Juste e disse que estar contente com o plantel que tem à disposição.
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Depois de uma derrota frente ao F. C. Porto, em Alvalade, e com a paragem das seleções pelo meio, Rui Borges, treinador do Sporting, pensa agora voltar aos triunfos para o campeonato frente ao Famalicão.
"Será um grande jogo, contra uma boa equipa, que entrou muito bem no campeonato e que ainda não sofreu golo. É muito agressiva nos duelos, em alguns tempos recorre muito às faltas, o que demonstra bem a competitividade. em 2025 ainda não perdeu em casa. Há 10 jogos que não perde em casa, isso demonstra a qualidade deles. Será difícil, perante um bom adversário, mas claro que também queremos dar uma boa resposta, independemtente do resultado menos positivo da última jornada, queremos voltar às vitórias e continuar o nosso caminho", lançou.
Quanto ao mercado, o reforço acabou mesmo por ser "conseguir manter toda a gente" que constitui a base: "Perder uma referência e manter o resto da equipa, jogadores importantes como Pote, Inácio, Morten, Trincão, Maxi, Zeno. Jogadores que foram importantes para a conquista do bicampeonato. Era o nosso maior desejo, não perder ninguém, e isso foi um grande mérito de todos nós", considerou, antes de falar sobre Jota Silva.
"Em relação ao que foi o Jota, desde o final da época tínhamos bem identificado aquilo que queríamos para cada posição. Dentro do diálogo entre estrutura e treinador estava bem claro o objetivo, a estrutura fez o máximo que podia. Era um jogador que gostava muito e com o qual me identifico. Infelizmente há duas partes, a do Sporting e a do Nottingham e por tudo que foi correria não conseguimos. Fiquei triste, mais até pelo atleta, que conheço bem, mas infelizmente não conseguimos. Tentamos tudo, mas infelizmente não conseguimos. Não há lacuna no plantel, o maior troféu do mercado foi conseguir manter a base", atirou.
St Juste não saiu do Sporting, foi relegado para a equipa B e considerado o quinto da hierarquia, algo com o qual Rui Borges se encontra em sintonia com Frederico Varandas: "Partia num quinto lugar na posição e pelo que era para o grupo passava pela saída. Identifico-me com o que o presidente falou. Tudo na mesma sintonia e ficou bem claro nas palavras do presidente", destacou.
As boas prestações de Quenda e Vagiannidis não fugiram à conversa: "Trouxeram mais qualidade ao grupo, eles estão preparados para jogar. Só posso meter 11, custa muito às vezes, mas tenho de tomar decisões, estou cá para isso. Tudo tem uma estratégia de jogo. Estou à espera da oportunidade e vão tê-la. Espero é que correspondam da melhor maneira quando forem dadas"
No boletim clínico, Diomandé e Morita estão fora, Maxi vai ser analisado. Já Nuno Santos, afastado desde o ano passado, moitvou questões quanto a um regresso: "Com muita pena minha não posso contar com o Nuno, apesar de ser ranhoso, um ranhoso positivo. É uma lesão que vive muito do dia a dia, pode avançar e retroceder. Tem sido um guerreiro porque é preciso resiliência para ultrapassar isso", afirmou.
Rui Borges reforçou ainda que está apenas preocupado com o mercado do Sporting e, mais à frente, deu uma resposta curiosa quando interpelado sobre uma possível utilização de Ionannidis a extremo.
"Tenho tantos. Esqueçam isso. No ano passado não tínhamos soluções e fomos campeões com os miúdos da equipa B a jogar. Lucas Anjo, Mauro, Flávio. Estão todos ali, para se acontecer alguma coisa dar resposta. Não me queixo disso. Estou contente com o plantel que tenho. Queríamos acrescentar, não fujo a isso. Todas as outras soluções de que se falou, eram difíceis, mas, se calhar, tentámos ir à luta. Não lamentamos nada. E volto a dizer: o maior mérito do mercado foi manter grande parte do plantel", reforçou.