Quando era jogador já tentava perceber o jogo e as opções técnicas.É natural de Mirandela e subiu a pulso até chegar ao campeão Sporting.
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Rui Borges ainda agora chegou ao Sporting e já se sentiram ventos de mudança. Nas 72 horas anteriores ao jogo de estreia com o Benfica mudou o discurso, mudou o sistema tático e logo começou a impor o cunho pessoal, sem se deixar tolher pelo “fantasma” de Ruben Amorim, nem pelo contexto adverso que se seguiu à passagem de João Pereira por Alvalade. “Contra o Benfica jogou com um sistema diferente, não se deixou influenciar por aquilo que encontrou em Alvalade e vai tentar implementar o que pretende. É daqueles treinadores que morre pela própria cabeça, que tem as ideias bem definidas”, explica Pedro Santos, defesa que Rui Borges treinou no Mirandela, em declarações ao JN. Depois do dérbi, ficou uma frase lapidar de Rui Borges: “Quando faltar inspiração, que não falte atitude!”.
“A simplicidade do discurso é uma das maiores características. Usa uma mensagem que toda a gente percebe”, acrescenta ainda Pedro Santos. “Além de trabalhar bem dentro de campo, trabalha muito bem a cabeça dos jogadores. Mudou o discurso no Sporting e vai fazer um bom trabalho em Alvalade e sei bem aquilo que digo, porque acompanhei muitos treinos dele no Mirandela. Percebe-se logo aquilo que quer e nota-se bem o dedo dele nas equipas que treina”, garante, ao JN, Carlos Correia, presidente do clube transmontano. “É um treinador muito estudioso, mais à frente do que muitos podem pensar. Mas já era assim com 13 anos, muito inteligente a jogar. Ganhou o troféu de melhor jovem de 1994. Esses pormenores notavam-se”, garantiu ainda, ao JN, Rochinha, treinador do Murça, que orientou Rui Borges na seleção distrital de Bragança.